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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology
versión impresa ISSN 2341-4545
Resumen
ANDRADE, Patrícia et al. Acuidade Diagnóstica do Parâmetro de Atenuação Controlada para Deteção de Esteatose Hepática em Doentes com Doença Hepática Crónica. GE Port J Gastroenterol [online]. 2017, vol.24, n.4, pp.161-168. ISSN 2341-4545. https://doi.org/10.1159/000453364.
Introdução: O Parâmetro de Atenuação Controlada (CAP) medido por elastografia hepática tem sido sugerido como um método não invasivo para deteção e quantificação de esteatose. O objetivo deste estudo foi avaliar a acuidade do CAP na avaliação da esteatose hepática nos doentes com doença hepática crónica (DHC) comparativamente à histologia e avaliar os fatores que se correlacionam com o valor de CAP. Métodos: Incluídos os doentes com DHC que realizaram simultaneamente biópsia hepática e avaliação do CAP. Para avaliação do CAP foi utilizada a sonda M do Fibroscan® (Echosens,Paris, France). Na histologia, a esteatose foi categorizada em ausente (S0: <5%), ligeira (S1: 5-33%), moderada (S2: 34-66%) e grave (S3: >66% de hepatócitos). Resultados: Foram analisados 159 doentes com DHC (61% homens; idade média 47.9 ± 12.9 anos). Verificou-se uma correlação positiva entre o CAP e esteatose na histologia (rs = 0.869, p < 0.001), hipertensão arterial (rs = 0.222, p = 0.005), diabetes mellitus tipo 2 (rs =0.279, p < 0.001), índice de massa corporal (rs = 0.533, p < 0.001), colesterol total (rs = 0.442, p < 0.001), triglicerídeos (rs = 0.272, p = 0.001) e NAFLD (rs = 0.588, p < 0.001). Na análise multivariada, IMC>25 mg/kg 2 (odds ratio [OR] 48.4, IC 95%: 23.78-72.95, p < 0.001), o colesterol sérico (OR 3.803, IC 95%: 2.203-13.889, p = 0.008) e etiologia NAFLD (OR 40.8, IC 95%: 15.01-66.66, p = 0.002) associaram-se de forma independente a valores de CAP mais elevados. O CAP não se correlacionou com o grau de atividade necroinflamatória (rs = 0.063, p = 0.808) ou de fibrose na histologia (rs = 0.071, p = 0.713) nem com o valor de ALT (rs = 0.190, p = 0.356) ou AST (rs = 0.117, p = 0.142). O melhor cutoff para diagnóstico de esteatose ≥ S1, ≥ S2 e ≥ S3 foi 206.5 dB/m, 232.5 dB/m e 282.5 dB/m, respetivamente. A acuidade do CAP para diagnóstico de esteatose ≥ S1, ≥ S2 e ≥ S3, CAP foi 0.822, 0.956 e 0.976, respetivamente. Conclusões: O CAP apresentou elevada acuidade diagnóstica na deteção de esteatose em doentes com doença hepática crónica. Um valor de CAP inferior a 282.5 dB/m exclui esteatose ≥ S3 com 98% de acuidade.
Palabras clave : Parâmetro de atenuação controlada; Elastografia transitória; Esteatose; Doença hepática crónica; Biópsia hepática.