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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology
versión impresa ISSN 2341-4545
Resumen
MARTINS, Diana et al. Dilatação Endoscópica de Estenoses Faringo-Esofágicas: Mais Dimensões do que Diâmetros. GE Port J Gastroenterol [online]. 2018, vol.25, n.6, pp.291-298. ISSN 2341-4545. https://doi.org/10.1159/000486608.
Introdução e objetivo: A disfagia devido a estenoses faringo-esofágicas benignas requer frequentemente dilatações repetidas, não existindo, contudo, uma definição estabelecida para a eficácia desta terapêutica. Pretendemos avaliar a eficácia-global de dilatações endoscópicas de estenoses rádicas e anastomóticas faringo-esofágicas. Métodos: 48 doentes com estenoses pós-radioterapia (n = 29) e estenoses anastomóticas (n = 19) submetidos a dilatação endoscópica durante um período de 3 anos foram avaliados retrospetivamente. Os critérios de Kochman foram utilizados para determinar refratariedade e recorrência. Os doentes foram convidados a responder um questionário determinando prospectivamente a eficácia-global das dilatações como (a) melhoria da disfagia ou (b) resolução, (c) ausência de dilatação adicional durante 6 meses e (d) ausência de PEG para alimentação. A necessidade de terapêutica adicional foi considerada um critério de ineficácia. Resultados: A mediana do número de dilatações por doente foi de 4 (total de 296 dilatações) durante um follow-up médio de 29 meses. O grau de disfagia (Mellow-Pinkas score) médio pré-dilatação foi 3 e o diâmetro inicial médio da estenose foi 7 mm. Quinze e 29% apresentaram critérios para estenoses refratárias e recorrentes, respetivamente. Ademais, (a) 96% dos pacientes apresentaram melhoria da disfagia, (b) 60% resolução, (c) 75% não exigiram dilatação durante 6 meses e (d) 89% não necessitaram de PEG. Em suma, 58% apresentaram critérios de eficácia-global. Foram necessárias nove terapêuticas adicionais. O número de dilatações (OR 0.7), o diâmetro da estenose (OR 2.2) e a ausência de critérios de recorrência (OR 14.2) apareceram como preditores significativos de eficácia global, mas as estenoses refratárias não. Conclusões: A dilatação endoscópica parece eficaz para estenoses pós-radioterapia ou cirurgia, especialmente quando avaliada subjetivamente. Estenoses estreitas, recorrentes e que requerem maior número de dilatações parecem prever piores outcomes. Mensagem-chave: Os profissionais de saúde devem estabelecer critérios de eficácia bem definidos para as dilatações, não devendo basear a sua decisão apenas em medidas objetivas.
Palabras clave : Estenoses esofágicas benignas; Endoscopia; Dilatação; Satisfação pessoal; Resultado do tratamento.