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Ciência e Técnica Vitivinícola

 ISSN 0254-0223

BELCHIOR, A. Pedro; MATEUS, Ana M.    SOARES, Amélia M.. Comparação do envelhecimento de aguardente Lourinhã em vasilhas de madeiras de castanheiro e de carvalho e em dois volumes. []. , 20, 2, pp.91-103. ISSN 0254-0223.

^lpt^aEstuda-se, nas condições de armazém, a cinética das extracçõ es no envelhecimento da mesma aguardente inicial, em quatro madeiras de Castanheiro português, com diferentes origens e formas de exploração e três de Carvalhos de diferentes origens. Também se comparam as aguardentes, ao fim de três anos de envelhecimento, provenientes de vasilhas de volume de 250 e 650 dm3, mas nesta comparação só em três madeiras (Castanheiro, Carvalho "Limousin" e Carvalho nacional), sempre com três repetições, em cada madeira ou volume. O estudo baseia-se na análise de Extracto Seco e do Índice de polifenóis totais, bem como da prova organoléptica. Confirmam-se os resultados dos ensaios a nível laboratorial quanto aos teores em extracto seco e índice de polifenóis totais, com as grandes extracções, a ocorrerem durante os dois primeiros meses, dos três anos do ensaio. Igualmente, as aguardentes envelhecidas em madeiras de Castanheiro apresentam maiores e mais rápidas extracções em comparaçã o com as de Carvalho, sendo aquelas consideradas de maior qualidade ao fim do terceiro ano. Também as madeiras provenientes de exploração em "talhadia" conduziram a aguardentes mais ricas em Extracto Seco. As aguardentes envelhecidas em madeira de Carvalho de Leste, apresentam-se como as de menor extracção e de pior qualidade. Quanto aos volumes das vasilhas em que envelheceram, as aguardentes das vasilhas de 250 dm3, são as de maiores teores de Extracto Seco e Índice de polifenóis totais, embora na prova do terceiro ano, quanto à apreciação geral, não apresentem diferenças. O teste à Câmara de prova indicou que os provadores são congruentes e a câmara é homogénea nas suas avaliações e descrições.^lfr^aOn étude, dans les conditions de la cave, le vieillissement pendant trois années d’une même eaux-de-vie, dans quatre bois de châtaignier du Portugal avec différents origines et formes de exploitation agronomique, et trois bois de chêne de origines différents, avec aussi la comparaison des eaux-de-vie vieillies en fûts de différents volumes (250 et 650 dm3), en trois bois (châtaignier, chêne du Limousin et chêne portuguais), toujours avec trois répétitions. L’étude se base dans l’analyse du extrait sec (ES), du indice de polyphénols totaux (Ipt) et de la dégustation. Ils sont confirmés les résultats des essais au niveau laboratoire en ce qui concerne les teneurs en ES et Ipt, avec les grands extractions a avoir lieu pendant les deux premiers mois. Il est constaté aussi que les eaux-de-vie vieillies en bois de châtaignier ont les extractions les plus grandes et rapides en comparaison avec le chêne, et que la qualité des eaux-de-vie de châtaignier est supérieur. Aussi les bois des arbres conduites en «taillis» conduisent a des eaux-de-vie plus riches en ES. Les eaux-de-vie vieillies en bois de chêne du Est européen, ont été les plus pauvres dans l’extraction et dans la qualité. En ce qui concerne les volumes, les eaux-de-vie vieillies en fûts de 250 dm3, ont les plus grands teneurs du ES et de l’Ipt, bien que dans la dégustation on ne trouve pas de différences. Le test effectué au jury de dégustation a indiqué que les dégustateurs sont congruents, et que le jury est homogène.^len^aThe essay was carried out under enological conditions, to study the first three years of ageing of the same Lourinhã brandy in barrels of four different Portuguese chestnut woods and three different oaks woods. The chestnut woods used differed on the geographical origin and forestry exploitation. The research also concerned brandies aged in chestnut, Limousin oak and Portuguese oak barrels of two different sizes, with three repetitions. The analytical parameters involved were the dry extract and the total polyphenol index. The sensory analysis of the brandies was also performed. The results obtained confirm those of laboratorial essays as for the dry extract and the total polyphenol index. In fact, the highest extraction occurs during the first two months of ageing. The brandies aged in chestnut barrels presented higher and faster extraction than the brandies aged in oak barrels, being the most appreciated by the tasters. The chestnut wood from "talhadia" exploitation originated brandies with the highest dry extract. The brandies aged in oak originating from Eastern Europe exhibited the slowest extraction and the lowest quality. Concerning the effect of the barrel size, the brandies aged in 250 dm3 barrels presented the highest dry extract and total polyphenol index, although the lack of significant differences in the sensory analysis. The assessment of tasters’ repeatability indicated their coherence and the homogeneity of the sensory panel.

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