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Ciência e Técnica Vitivinícola

 ISSN 0254-0223

CUNHA, Jorge et al. The portuguese Vitis vinifera L. germplasm: genetic relations between wild and cultivated vines. []. , 25, 1, pp.25-37. ISSN 0254-0223.

^len^aPortuguese wild vine populations are in an apparent geographic fringe of the species distribution. Despite, Portugal offers a unique richness in autochthonous cultivated varieties that contributes to the overall diversity of worldwide grapevine. In the different Portuguese agro-ecosystems, grapevine plays an important role either as a border culture or an extensive crop. During the last years wild vine populations have been identified but only in southern riverside ecosystems. To conclude if the local wild vine germplasm is involved in the origin of cultivated grapevine we used the OIV recommend six nuclear and four chloroplastidial microsatellite loci to genotype and to established phylogenetic relationships between wild plants and cultivated grapevines. Both native sylvestris and vinifera subspecies have a high genetic diversity and a sizeable number of rare alleles. Portuguese wild vine populations showed a high level of intra-population diversity with most of the genetic diversity conserved within each population. Wild vines seem to form a continuum and there is no clear population division. Despite, a low, but still significant, genetic differentiation can be detected among the analyzed populations. There seem to be a close genetic relation between the wild plants and cultivated varieties. Both subspecies mostly share the A and B chlorotypes, tipical of the Iberian germplasms. In some cases we found a close genetic relation between cultivated varieties and wild plants. Finally, some native grapevine cultivars have a higher genetic diversity that reveals introgression of foreign gene pool. This study contributes to establish the range of existing genetic variability in the Portuguese native grapevine and wild vines germplasm. It also provides a baseline for future monitoring of the genetic diversity of the species in Portugal and contributes with data to construct a core collection to preserve the existing variability and delineate conservation strategies for the wild vines.^lpt^aAs populações portuguesas de videiras selvagens estão numa aparente orla da distribuição geográfica da espécie. No entanto Portugal apresenta uma riqueza única em castas autóctones, as quais contribuem para a diversidade global da vinha. A vinha tem um papel importante quer marginalmente, quer como cultura extensiva, nos diferentes agro-sistemas portugueses. Durante os últimos anos foram identificadas populações de videiras selvagens mas só nos ecossistemas ripícolas do Sul do país. Para se concluir se o germoplasma selvagem local está envolvido na origem das castas portuguesas utilizámos seis loci de microsatélites nucleares e quatro cloroplastidiais para estabelecer relações filogenéticas entre as videiras selvagens e as castas cultivadas. Quer a subspécie sylvestris quer a viniferaapresentam uma diversidade genética elevada e um número apreciável de alelos raros. As populações portuguesas de videiras selvagens apresentam um nível elevado de variabilidade intra-populacional, estando a maior parte da diversidade genética conservada dentro de cada população. As videiras selvagens parecem formar um contínuo espacial e não existe uma clara divisão entre as populações. No entanto, é possível detectar uma baixa, mas mesmo assim significativa, diferenciação genética entre as populações analisadas. Parece existir uma estreita relação genética entre as videiras selvagens e as castas cultivadas. Ambas as subespécies partilham os mesmos clorótipos A e B, típicos do germoplasma Ibérico. Em alguns casos foram encontradas estreitas relações genéticas entre castas cultivadas e videiras selvagens. Finalmente algumas castas nativas têm uma maior diversidade genética, revelando uma introgressão de germoplasma estrangeiro. Este estudo contribui para definir a amplitude existente da diversidade genética do germoplasma das duas subspécies de Vitis presentes em Portugal. Também fornece uma linha de base para a futura monitorização da diversidade genética da espécie em Portugal e contribui com dados para a construção de uma colecção nuclear para preservar a variabilidade existente e para delinear estratégias de conservação para as vinhas selvagens.

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