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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

 ISSN 0430-5027

FERREIRA, António. O crescimento da mobilidade e turismo em Portugal: solução ou problema? O caso do novo aeroporto de Lisboa. []. , 113, pp.195-210. ISSN 0430-5027.  https://doi.org/10.18055/Finis18769.

^lpt^aEste ensaio põe em causa as políticas portuguesas de apoio ao crescimento do turismo e às grandes infraestruturas de transportes que tornam por sua vez o crescimento continuado da economia viável. O aeroporto de Lisboa é apresentado como exemplo. O ensaio utiliza para esse efeito uma metodologia hipotético-dedutiva construída em redor do conceito de imotilidade, definido como a possibilidade de não viajar como bem coletivo a ser cultivado pelas políticas públicas. O ensaio começa por demonstrar que - apesar de estarem associadas a importantes vantagens económicas - as políticas de apoio ao turismo e mobilidade intensivos são problemáticas de um ponto de vista da sustentabilidade, bem-estar social e resiliência. Demonstra depois que o debate em Portugal sobre turismo e a mobilidade está a ser desqualificado de um ponto de vista democrático, uma vez que alternativas possíveis estão a ser postas de parte sem a devida reflexão e aprovação coletiva. É assim proposto como urgente um debate inclusivo de larga escala sobre que futuro a sociedade portuguesa deseja para si mesma, considerando explicitamente que acessibilidades, competências, significados simbólicos e condições materiais devem ser promovidos.^len^aThis essay challenges contemporary Portuguese policies aimed at promoting tourism growth and the development of large transport infrastructures that make continuous economic growth possible. It considers the new Lisbon airport as an example. It uses a hypothetic-deductive methodological approach based on the concept of immotility to deliver its argument. Immotility is defined as the possibility of not travelling as a common good to be endorsed by public policies. The essay begins by demonstrating that - even though they are associated with important economic benefits - policies aimed at promoting intensive tourism and mobility are problematic in terms of sustainability, well-being and resilience. After this, the essay argues that the Portuguese debate about tourism and mobility is undemocratic as possible alternatives are being excluded without the necessary collective reflection and approval. It is therefore considered urgent to open an inclusive large-scale debate about which future Portuguese society wants to pursue, while explicitly addressing which accessibilities, skills, symbolic meanings, and material conditions should be promoted.^lfr^aCet essai conteste les politiques portugaises contemporaines visant à promouvoir la croissance du tourisme et le développement de grandes infrastructures de transport qui permettent une croissance économique continue. Il considère le nouvel aéroport de Lisbonne comme un exemple. Il utilise une approche méthodologique hypothétique-déductive basée sur le concept d’immotilité. L’immotilité est définie comme la possibilité de ne pas voyager comme un bien commun à cultiver par les politiques publiques. L’essai commence par démontrer que - même si elles sont associées à d’importantes avantages économiques - les politiques visant à promouvoir le tourisme intensif et la mobilité sont problématiques en termes de durabilité, de bien-être et de résilience. Il démontre ensuite que le débat au Portugal sur le tourisme et la mobilité est disqualifié d’un point de vue démocratique, car les alternatives possibles sont écartées sans considération et approbation collective. Il est donc proposé comme urgent un débat inclusif à grande échelle sur quel future la société portugaise veut pour elle-même, considérant explicitement quelles accessibilités, compétences, significations symboliques et conditions matérielles devraient être promues.^les^aEste ensayo pone en tela de juicio las políticas portuguesas de apoyar el crecimiento del turismo y a las grandes infraestructuras de transporte que, a su vez, hacen viable el crecimiento continuo de la economía. El aeropuerto de Lisboa es presentado como ejemplo. Para este propósito, el ensayo utiliza una metodología hipotética-deductiva construida alrededor del concepto de inmotilidad, definida como la posibilidad de no viajar como un bien colectivo para ser cultivado por las políticas públicas. El ensayo comienza demostrando que, a pesar de estar asociado con importantes ventajas económicas, las políticas para apoyar el turismo y movilidad intensivos representan problemáticas desde el punto de vista de la sostenibilidad, el bienestar social y la resiliencia. Posteriormente, se demuestra que el debate en Portugal sobre turismo y movilidad está siendo descalificado desde un punto de vista democrático, ya que se descartan posibles alternativas sin la debida reflexión y aprobación colectiva. Por lo tanto, se propone como urgente un debate inclusivo a gran escala sobre lo que la sociedad portuguesa del futuro quiere para sí misma, considerando explícitamente que tipo de accesibilidades, competencias, significados simbólicos y condiciones materiales deberían ser promovidos.

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