114 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

 ISSN 0430-5027

AMARAL, Bernardo. Da crítica do canteiro à autogestão: Sérgio Ferro, Usina e os mutirões autogeridos em São Paulo, Brasil. []. , 114, pp.141-155. ISSN 0430-5027.  https://doi.org/10.18055/Finis19631.

^lpt^aConceitos como trabalhador coletivo e crítica do canteiro, desenvolvidos pelo arquiteto e crítico brasileiro Sérgio Ferro, são cruciais para interpretar a prática de coletivos de arquitetos, engenheiros e educadores sociais que irão dar apoio a movimentos de direito à habitação, surgidos na região de São Paulo desde os anos 90. Um desses coletivos, Usina - Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (Usina CTAH), fundado em 1990, conta hoje com uma vasta experiência de assessoria técnica a movimentos sociais organizados em equipes de trabalho autogeridas, comummente apelidadas de mutirões. Este artigo, propõe-se a analisar a metodologia de trabalho da Usina CTAH, nomeadamente os seus processos de desenho, de decisão e de negociação, à luz dos conceitos lançados por Sérgio Ferro nos anos 70, no sentido de entender a importância da sua obra na redefinição da prática arquitetónica enquanto prática económica, social e política.^len^aThe concepts of collective worker and critique of the building site developed by the Brazilian architect and theorist Sérgio Ferro, are crucial to understand the practice of architectural collectives that started emerging in the 1990s with the purpose of providing technical guidance to right-to-land and right to housing grassroots movements in the region of São Paulo. One of such cases is Usina - Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (Work Centre for the Inhabited Environment) (Usina CTAH), founded in 1990, gatherer of an extensive experience in technical consultancy to social movements organized as self-managed building teams, usually called mutirões. This paper aims to analyse Usina’s work and methodologies of design, decision and negotiation processes in the light of Sérgio Ferro’s concepts, in order to better understand the importance of his work in terms of redefining architectural practice as a political, social and economic agency.^lfr^aDes concepts comme travailleur collectif ou critique du chantier, développés par l’architecte et critique brésilien Sérgio Ferro sont cruciaux pour interpréter la pratique de collectifs d’architectes, d’ingénieurs et d’éducateurs sociaux qui vont soutenir les mouvements de droit au logement qui émergent à São Paulo depuis les années 1990. L’un de ces collectifs, l`Usina - Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (Centre de Travail pour l’Environnement Habité) (Usina CTAH), fondé en 1990, apporte une vaste expérience dans l’assistance technique aux mouvements sociaux organisés en équipes de travail autogérées, aussi connues par mutirões. Cet article propose une analyse de la méthodologie de travail de l’Usina CTAH, notamment sur ses processus de conception, de décision et de négociation, à la lumiére des concepts de Sérgio Ferro, afin de comprendre l’importance de son Suvre dans la redéfinition de la pratique de l’architecture en tant que pratique économique, sociale et politique.^les^aConceptos como trabajador colectivo o crítica de la obra de construcción, desarrollados por el arquitecto y crítico brasileño Sérgio Ferro, son cruciales para interpretar la práctica de colectivos de arquitectos, ingenieros y educadores sociales que van dar asistencia a movimientos de lucha por el derecho a la vivienda que surgen en el estado de São Paulo desde los años 90. Uno de estos colectivos, Usina - Centro de Trabalhos para o Ambiente Habitado (Centro de trabajo para el medio ambiente habitado) (Usina CTAH), fundado en 1990, cuenta hoy con una amplia experiencia de asesoría técnica a movimientos sociales organizados en equipos de trabajo auto-gestionados, comúnmente denominados de mutirões. En este artículo, propongo analizar la metodología de trabajo de Usina CTAH y su proceso de disenõ, de decisión y de negociación a la luz de conceptos introducidos por Sérgio Ferro en los años 70, para entender la importancia de su obra en la re-definición de la práctica arquitectónica como una práctica económica, social y política.

: .

        · | | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License