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Revista Diacrítica

 ISSN 0807-8967

MARTINS, Custódia. Máscara e Educação em Jean-Jacques Rousseau. []. , 26, 2, pp.354-369. ISSN 0807-8967.

^lpt^aDe acordo com Rousseau, o homem político, o homem que vive em sociedade, traz consigo uma máscara de artificialidade que tapa e se sobrepõe à sua verdadeira natureza. A tarefa da educação consiste em resgatar do olvido da memória os princípios essenciais da existência humana, que a sociedade, pelas suas muitas contingências, nos condiciona a esquecer. Através dos seus escritos autobiográficos, Rosseau esforça-se por se apresentar a si próprio como o protótipo do homem que conseguiu preservar a memória da sua natureza própria. Por causa disso, foi amiúde criticado e mal-amado pelos seus contemporâneos. Apesar disso, esforçou-se com paixão por se apresentar perante eles e a posteridade tal qual se percebia a si próprio, sem malícia ou artifício, nada omitindo ou esquecendo.^len^aAccording to Rousseau, anyone living in society, the political man, always carries a mask of artificiality that covers and overrides his or her true nature. The task of education is to salvage from the oblivion of memory the essential principles of human existence, which society, by its many contingencies, compels one to forget. Through his auto-biographical writings, Rousseau labors to present himself as the prototype of a man who was able to preserve his true nature. Because of this, Rousseau was often scorned and reproached by his contemporaries. Nevertheless, he ardently strove to present himself before them and posterity exactly as he perceived himself to be, without any measure of cunning or artifice, omitting and forgetting nothing.

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