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Revista Portuguesa de Saúde Pública

 ISSN 0870-9025

RIBEIRO, Maria    PINTO, Isabel. Comportamento da população do concelho de Vizela no consumo de antibióticos. []. , 27, 2, pp.57-70. ISSN 0870-9025.

^lpt^aEste estudo tem como objectivos determinar o nível de conhecimento no uso de antibióticos e identificar a influência de características, designadamente, pessoais, sociais, geográficas, económicas e contextuais na frequência de consumo destes medicamentos. Para atingir os objectivos foi levado a cabo um estudo descritivo e transversal que teve como base a construção de um questionário, que foi posteriormente aplicado a 282 indivíduos da população do Concelho de Vizela durante os meses de Janeiro e Fevereiro do ano de 2008. Através de uma análise descritiva dos dados fez-se a caracterização da amostra. Posteriormente, recorrendo à análise bivariada identificaram-se variáveis de natureza, pessoal, social, económica e contextual, que apresentam associações, estatisticamente significativas, com as variáveis «conhecimento do uso de antibióticos» e «frequência de consumo de antibióticos». Participaram neste estudo 282 indivíduos, dos quais 50,7% são do sexo masculino e 49,3% são do sexo feminino. Os inquiridos apresentam idade igual ou superior a 15 anos. A maioria dos respondentes é activo (76,6%), possui até ao 3.o ciclo de escolaridade (61,6%), e reside na cidade (73%). O tratamento de amigdalites é a principal razão para o consumo de antibióticos (37%). De acordo com os resultados não existe associação entre as variáveis de natureza, pessoal, geográfica, social e económica e o conhecimento do uso dos antibióticos. No entanto, o procedimento que o inquirido tem após ter sentido efeitos secundários reflecte-se no conhecimento que o mesmo tem na administração de antibióticos. O género masculino, o inactivo e os inquiridos com menor grau de escolaridade são aqueles que tomam antibióticos com mais frequência. A situação de doença, gripe ou constipação, também, tem influência no número de vezes que o inquirido toma antibióticos ao longo do ano.^len^aTo determine the level of antibiotics knowledge use and to identify the influence of characteristics, namely, personal, social, geographical, economics and contextual in the consumption frequency of these drugs are the objectives of this study. A cross-sectional survey was carried out in a probabilistic sample including 282 individuals of the Vizela’s region population during January and February 2008. A characterization of the sample through data descriptive analysis was carried out. Later, through a two variables analysis, the nature, personal, social, economic and contextual factors that presented statistic associations with the variables “antibiotics knowledge use” and “antibiotics consumption frequency” were identified. 282 individuals participated in this study, being 50,7% male and 49,3% female. Respondents are 15 years old or more. Most of those inquired are working (76,6%), have until the 3rd school degree (61,6%), and live in the city (73%). Tonsillitis’s treatment is the main reason for antibiotics consumption (37%). In agreement with the results there is no statistic association among the personal, social, geographical, economical and contextual characteristics, and the knowledge of antibiotics’ use. However, the procedure that the inquired adopts when he senses secondary effects reflects itself in the knowledge that he has about antibiotic administration. The masculine gender, the inactive and the respondents with less education are those that take antibiotics more frequently. A disease, flu or constipation has also an influence on the number of times that the inquired take antibiotics along the year.

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