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Revista Portuguesa de Saúde Pública

 ISSN 0870-9025

FERREIRA, Margarida    SANTOS, Paula Clara. Impacto dos programas de treino na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária de esforço. []. , 30, 1, pp.3-10. ISSN 0870-9025.  https://doi.org/10.1016/j.rpsp.2011.12.001.

^lpt^aIntrodução: A incontinência urinária tem implicações na qualidade de vida da mulher, abrangendo o âmbito físico, social, sexual e psíquico. A mulher restringe as atividades sociais e físicas, com repercussões a nível emocional (baixa autoestima, depressão, vergonha e isolamento). Objetivos: Comparar a influência dos programas de treino dos músculos do pavimento pélvico com supervisão e no domicílio com o programa de treino dos músculos do pavimento pélvico no domicílio, na qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária de esforço ligeira e moderada. Material e métodos: Estudo experimental que incluiu 34 mulheres com diagnóstico de incontinência urinária de esforço, através do estudo urodinâmico. As mulheres foram distribuídas aleatoriamente em 2 grupos. Os 2 grupos realizaram o programa domiciliário, durante 6 meses. O grupo com supervisão do fisioterapeuta adicionou o programa de treino intensivo semanal, durante 45 minutos. Na avaliação da qualidade de vida foi administrada a escala de Ditrovie e na frequência dos episódios de incontinência urinária foi utilizado o registo diário de 7 dias. Resultados: O grupo com supervisão demonstrou redução percentual significativa da frequência dos episódios de incontinência em 60,2% e o grupo no domicílio em 43,4%; (p < 0,014). No entanto, a diminuição da variação média dos episódios de incontinência não foi significativa entre os 2 grupos (p = 0,363). Globalmente, a qualidade de vida melhorou nos 2 grupos, mas o grupo com supervisão melhorou mais do que o grupo no domicílio, após os 6 meses (p = 0,041). O grupo com supervisão melhorou significativamente os parâmetros das atividades da vida diária (36%; p = 0,001), impacto emocional (34,6%; p = 0,002), sono (30,8%; p = 0,015) e bem-estar (40,6%; p = 0,001). O grupo no domicílio teve melhoras significativas no impacto emocional (30,4%; p = 0,037) e no bem-estar (20,7%; p = 0,026). Neste estudo verificou-se uma correlação positiva (p = 0,043, r = 0,349) entre a qualidade de vida e a frequência dos episódios incontinência, no grupo controle. Conclusão: Ambos os programas de treino melhoraram a perceção global do estado de saúde e da qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária de esforço.^len^aIntroduction: The urinary incontinence has implications in woman's quality of life comprising the physical, social, sexual and psychic spheres. Woman restricts or decreases her social or physical activities, with emotional effects, including low self-esteem, depression, shame and solitude. Objectives: Compare the efficacy between supervised pelvic floor exercise programs and home exercise programs with home pelvic floor exercise programs in women's quality of life with mild to moderate stress urinary incontinence. Material and methods: Randomized trial including a total of 34 women diagnosed with stress urinary incontinence after an urodynamic evaluation. Women were randomly placed in two groups. Both groups did a home exercise protocol for a total of six months. The supervised group of the pelvic floor exercise program added exercises once a week, during 45 minutes by physiotherapist. The Ditrovie scale was administered in quality of life assessment. In the assessment of the frequency of the urinary incontinence episodes a the record of the urinary losses during seven days was used. Results: The supervised pelvic floor exercise program group showed a significant percentage reduction of the frequency of the incontinence episodes in 60.2% and the home exercise program group in 43.4% (p<0.014). However, this decrease in the average variation of the incontinence episodes wasn’t significant between two groups (p=0.363). Globally, quality of life improved in both groups, but women from the supervised pelvic floor exercise program group improved more than women from the home exercise program group, after six months of treatment (p=0.041). Women from supervised pelvic floor exercise program group significantly improved in daily life activities setting (36%; p=0.001), emotional setting (34,6%; p=0.002), sleep (30,8%; p=0.015) and well-being (40,6%; p=0.001). In this study we verified a positive correlation (p=0.043, r=0.349) between the quality of life and the frequency of the urinary incontinence episodes. Conclusion: Both exercise programs improved the global perception of health and quality of life in women's health with stress urinary incontinence.

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