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Revista Portuguesa de Saúde Pública

 ISSN 0870-9025

ROTHES, Inês Areal; HENRIQUES, Margarida Rangel    CORREIA, Renata Santos. Suicídio de um paciente: a experiência de médicos e psicólogos portugueses. []. , 31, 2, pp.193-203. ISSN 0870-9025.  https://doi.org/10.1016/j.rpsp.2013.05.002.

^lpt^aObjetivo Descrever o impacto do suicídio de um paciente em profissionais de saúde portugueses (psicólogos, psiquiatras e médicos de medicina geral). Método Foi usado um questionário de autorresposta sobre características, experiência e impacto do suicídio de um paciente. Resultados Duzentos e quarenta e dois profissionais responderam ao questionário e 64 tiveram, pelo menos, um paciente que se suicidou. Sofrimento emocional (47%), preocupações, dúvidas e medo (35%), frustração (28%), choque e surpresa (23%) foram os sentimentos mais relatados. Maior atenção, vigilância e rigor na avaliação e intervenção foram as reações mais frequentes após o suicídio do paciente (80%). Aumento da insegurança e ansiedade foram também relatados (28%). Colegas, contacto com a família do paciente e a revisão do caso foram os recursos de ajuda mais usados. Supervisor, revisão de caso e colegas foram avaliados como os mais úteis. Não foram encontradas diferenças de acordo com o género, idade ou grupo profissional na vivência deste acontecimento. Conclusão Os resultados mostram que o suicídio de um paciente tem um impacto profissional e emocional considerável. Porém, este acontecimento difícil também pode ser uma oportunidade de aprendizagem e crescimento profissional, levando a mudanças positivas e adequadas na prática clínica, relativamente à gestão do risco de suicídio e suas consequências.^len^aObjective To describe the impact of a patient suicide on Portuguese health professionals (psychologists, psychiatrists and general physicians). Method A self-report questionnaire, which assessed the characteristics, experience and impact of a patient suicide, was used. Results 242 health professionals filled the questionnaire and 64 professionals had been confronted with at least one patient suicide. Emotional suffering (47%), concerns, doubts and fear (35%), frustration (28%) and shock and surprise (23%) were the most common feelings reported by health professionals. Increased attention, vigilance and accuracy in assessment and intervention were the most frequent reaction after the patient suicide (80%). Increased insecurity and anxiety were also reported (28%). Colleagues, contact with patient's family and case review were the sources of help more frequently used, and supervisor, team case review and colleagues were rated as the most useful. There were no differences according to gender, age or professional group in the experience of this event. Conclusion The results show that the suicide of a patient has a considerable professional and emotional impact. However, this difficult event can also be an opportunity for learning and professional growth leading to positive and adequate changes in clinical practice with regard to the management of suicide risk and its aftermath.

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