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Revista de Ciências Agrárias

 ISSN 0871-018X ISSN 2183-041X

BENHALIMA, Yacine et al. Fire effects on soil quality in Quercus suber forests: a long-term assessment. []. , 45, 4, pp.851-860.   01--2022. ISSN 0871-018X.  https://doi.org/10.19084/rca.28641.

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Wildfires, despite being a major disturbance factor, have also an essential role in shaping the Mediterranean landscape and its ecological processes. Post-fire soil properties can change significantly, depending on fire charactheristics. However, long term fire effects on soil are still not well understood, particulary in the Mediterranean region and in cork oak forest systems. This study aimed to provide a long-term assessment of soil chemical characteristics in cork oak forests 16 years after a wildfire, at different depths, and of soil resillience to wildfire. The study was conducted in 2020 at Serra do Caldeirão (southern Portugal, Algarve), mainly in Leptosols. Soil sampling was carried out at two depths (0-5 cm and 5 cm-to maximum depth) in plots burned in 2004 (n=25) and unburned plots (n=12), which were used as control. Soil samples were chemically anallysed in the laboratory. Similar results were obtained for burned and unburned plots, for most of the parameters. The exceptions were extractable P (0-5 cm depth) and organic C (both depths), which were significantly higher in burned plots. The results show a natural recovery of soil characteristics after wildfire and, consequently, indicate a considerable soil resilience and the important role of vegetation on the dynamics of post-fire soil recovery.

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Os incêndios, embora devastadores, são parte essencial na formação da paisagem mediterrânica e de alguns processos ecológicos que aí ocorrem. Dependendo das características do fogo, as propriedades do solo podem alterar-se significativamente. Os efeitos do fogo a longo prazo ainda não são bem compreendidos, principalmente na região mediterrânica e em particular em sistemas florestais de sobreiro. Este estudo teve como objetivo avaliar, a longo prazo e a diferentes profundidades, as características químicas dos solos de sobreirais 16 anos após um incêndio, bem como a sua resiliência a esta perturbação. Este estudo realizou-se na Serra do Caldeirão (Sul de Portugal, Algarve). A amostragem de solos decorreu em 2020 e realizou-se principalmente em Leptossolos e em duas profundidades (0-5cm e 5cm - máxima profundidade) em parcelas ardidas em 2004 (n=25) e não queimadas (n=12). As amostras de solos foram caracterizadas quimicamente. Para a maioria dos parâmetros (excepto P extraível e C orgânico) não se verificaram diferenças significativas entre os dois cenários. As concentrações de P extraível (apenas para a camada superficial) e C orgânico (ambas profundidades) foram significativamente maiores nas parcelas queimadas. Os resultados evidenciam a recuperação natural das características químicas dos solos após o fogo e, consequentemente, uma considerável resiliência desses solos, bem como o papel da vegetação na dinâmica de recuperação do solo.

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