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Arquivos de Medicina

 ISSN 2183-2447

CARNEIRO, Rui; SOUSA, Elisabete; GUERREIRO, Tiago    ROCHA, Nelson. Qualidade e Satisfação com a Prestação de Cuidados na Patologia Avançada em Medicina Interna. []. , 23, 3, pp.95-101. ISSN 2183-2447.

^lpt^aAvaliámos a importância e satisfação atribuídas a vários domínios da prestação de cuidados de doentes crónicos avançados (critérios adaptados da National Hospice Organization), admitidos num Serviço de Medicina Interna durante um trimestre (22,9% do total de internamentos). Os médicos assistentes foram questionados, quanto à importância que presumiam que os seus doentes atribuíam a cada um dos domínios explorados. A amostra (n=33) foi na sua maioria do sexo feminino, com 74,3 (±11,2) anos. Quase 75% apresentavam doença não-oncológica, principalmente cardíaca e respiratória (21,9%, para cada um dos grupos). As medianas de escala de Karnofsky e Katz foram de 30% e 1,0. Mais de 90% estavam, no mínimo, satisfeitos com os cuidados recebidos; 40% afirmaram-se muito satisfeitos. Aspectos mais valorizados na definição da qualidade assistencial: (1) informação àcerca do diagnóstico e prognóstico inerente à patologia (93,8%), (2) alívio sintomático (90,9%) e (3) acessibilidade aos médicos assistentes (90,9%). Os médicos consideram o alívio sintomático o principal contributo para a qualidade assistencial (88,5%), seguido do acesso fácil aos cuidados de saúde (34,6%) e da informação referente à terapêutica (30,8%), mais valorizada do que a discussão prognóstica. Doentes/cuidadores afirmaram-se mais satisfeitos relativamente à “informação referente ao tratamento”, ao “envolvimento nas decisões da equipa” e menos satisfeitos com a acessibilidade ao apoio médico. Doentes crónicos avançados/cuidadores e médicos não atribuem idêntica importância às várias vertentes do cuidar. Os primeiros privilegiam aspectos relacionais em detrimento aos hoteleiros. A prestação de cuidados de saúde centrada no doente adequa os objectivos e promove a satisfação de utentes.^len^aFor many chronically ill patients, hospitalization is an opportunity to reconsider treatment goals. We interviewed 33 patients [mainly women; men age: 74.3 (±11.2) years], suffering of advanced and chronic disease, admitted to a Internal Medicine ward, in order to gather information about the importance and satisfaction felt in several domains of care. Then, the treating physician selected those items felt to be the most important to the patient in question. Most patients had chronically advanced non-oncologic conditions, mainly heart and respiratory diseases (21.9%). The median Karnofsky and Katz scores were 30% and 1. More than 90% of patients were, at least, satisfied with the quality of care; 40% were very satisfied. While the items rated by patients/ families as “very important” in the definition of quality of care were receiving good diagnostic and prognostic information (93.8% of the answers), symptom control (90.9%) and having facilitated access to health team (90.9%), the correspondent doctors thought to be the good symptom management (88.5%), the accessibility to the health care system (34.6%) and communication about therapeutic options (30.8%) the most important factors. Patients/ families were more satisfied with domains of care reflecting information about therapeutic plan and the involvement in the decision process. Patients and medical team do not give the same importance to various domains of care. Patients privilege communicational aspects over the ones merely formal or related to the physical aspects of the wards. Patient-centred delivery of care allows to redefine goals of care and to promote satisfaction.

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