31 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Educação

 ISSN 0871-9187

RAMOS, Daniel Rodrigues. A aprendizagem do pensar e a impossibilidade de ensinar filosofia. []. , 31, 2, pp.37-53. ISSN 0871-9187.  https://doi.org/10.21814/rpe.14105.

^lpt^aNuma abordagem fenomenológica, o artigo reflete o ensino da Filosofia, assumindo-o como possível enquanto experiência da aprendizagem do pensar. Nesta direção, o estudo possui por meta mostrar que a compreensão desta possibilidade se radica em uma impossibilidade de caráter ontológico, uma vez que o aprender a pensar não pode ser ofertado ou possibilitado por outrem. Tal impossibilidade é reconduzida para o modo de constituição da singularidade humana. Neste horizonte, a (im)possibilidade de aprender a pensar funda-se no questionamento filosófico, porém, entendido como responsabilidade do ser humano por decidir-se e apropriar-se de seu originário modo de ser. Para demonstrar esta fundamentação, o estudo parte do sentido ontológico de impossibilidade para o existir humano, definindo-a como remissão e salto para o possível, no caso, para o ser capaz do pensar e questionar. Em seguida, aclara-se o questionamento e seu caráter histórico, diferenciando-o do método de problematização das ciências positivas. Por fim, posiciona-se criticamente em relação às tendências dominantes em que se compreende o ensino da filosofia a partir das metas e dos métodos tecno-científicos, bem como da pedagogização do filosofar e, ainda, da sua burocratização em vista de seu enquadramento aos mecanismos institucionais de produção do conhecimento científico com suas atuais exigências.^len^aIn a phenomenological approach, this article reflects the teaching of philosophy, assuming it as a possibility to the experience of learning to think. In this way, the study aims to show that the understanding of this possibility lies in an impossibility which is ontological in character, since learning to think cannot be offered or made possible by others. Such impossibility goes back to the essence of human singularity. In this horizon, the (im)possibility to learn to think is based on philosophical questioning, however, understood as the responsibility of the human being to decide and appropriate his or her original way of being. In order to demonstrate this foundation, the study starts from the ontological sense of impossibility of human existence, defining it as remission and a leap to the possible, in this case, to be able to think and question. Next, the questioning and its historical character are clarified, differentiating it from the method of problematization of the positive sciences. Thus, we arrive at a critical position to the tendencies in which the teaching of philosophy is understood from the goals and the techno-scientific methods, as well as the pedagogization of the philosophical one, and also of its bureaucratization in view of its structuring to the mechanisms of producing scientific knowledge with its current requirements.^les^aEn un enfoque fenomenológico, el artículo refleja la enseñanza de la Filosofía, asumiéndola como posible en cuanto experiencia del aprendizaje del pensar. En esta dirección, el estudio tiene por meta mostrar que la comprensión de esta posibilidad radica en una imposibilidad de carácter ontológico, en cuanto el aprender a pensar no puede ser ofrecido o posibilitado por otro. Esta imposibilidad es reconducida para el modo de constitución de la singularidad humana. En este horizonte, la (im)posibilidad de aprender a pensar se funda en el cuestionamiento filosófico, sin embargo, entendido como responsabilidad del ser humano por decidirse y apropiarse de su originario modo de ser. Para demostrar esta fundamentación, el estudio parte del sentido ontológico de imposibilidad para el existir humano, definiéndolo como remisión y salto hacia lo posible, en el caso, para el ser capaz del pensar y cuestionar. A continuación, se aclara el cuestionamiento y su carácter histórico, diferenciándolo del método de problematización de las ciencias positivas. Así, se llega a un posicionamiento crítico a las tendencias en que se comprende la enseñanza de la filosofía a partir de las metas y de los métodos tecno-científicos, así como de la pedagogización del filosofar y, además, de su burocratización en vista de su marco a los mecanismos institucionales de producción del conocimiento científico con sus actuales exigencias.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License