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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

 ISSN 0872-0169

COSTA, Rui et al. Acute rejection during the first six-months after transplantation: temporal trends regarding risk factors and effects on graft and patient survival. []. , 28, 1, pp.40-48. ISSN 0872-0169.

^len^aObjective: To determine risk factors for acute rejection in the first 6 months post- transplant and their effect on death-censored graft and patient survival in the  990-1999 and 2000-2009 periods. Patients and Methods: Retrospective analysis of acute rejection episodes was performed separately in two periods: 1990-1999 and 2000-2009. Multivariate logistic regression analysis was performed in order to identify risk factors for acute rejection. Death-censored graft and patient survival comparison between patients with or without acute rejection occurrence was performed by Kaplan-Meier analysis. Multivariate Cox regression analysis identified independent predictors for death-censored graft and patient survival, assuming the following model: acute rejection, patient’s age (< 40 vs. ≥ 40 years) and gender, time on haemodialysis / peritoneal dialysis (< 36 vs. ≥ 36 months), live vs. deceased donor (only after the year 2000), HLA mismatches (0-3 vs. 4-6), PRA (≤ 15 vs. > 15%), number of previous kidney transplants (< 2 vs. ≥ 2), status of hepatitis B/C, donor´s age (< 38 vs. ≥ 38 years) and gender, delayed graft function (DGF), ATG use in induction immunosuppression (IS), MMF or Tacrolimus use in induction / maintenance IS (after 2000). Results: A total of 1299 kidney transplants were analyzed. Acute rejection was more frequently diagnosed in the 1990s (26.2% vs. 11.1%, p < 0.001). Over this period, ATG non-use (OR 1.88, p = 0.025) and patients’ age < 40 years (OR 2.39, p = 0.001) were risk factors for AR while, after 2000, DGF (OR 1.895, p = 0.046) and PRA > 15% (OR 3.519, p = 0.001) were identified. Five years death-censored graft survival was lower in AR cases in the 1990s (81% vs. 94%, p < 0.001) and after 2000 (81% vs. 91%, log rank p = 0.004). Independent predictors for worse death-censored graft survival in 1990-1999 patients were AR (HR 2,436, p < 0.001), patient´s age < 40 years (HR 1.984, p = 0.002) and donor´s age ≥ 38 years (HR 1.961, p = 0.002), while after 2000, DGF (HR 3.247, p < 0.001) and donor´s age ≥ 38 years (HR 2.32, p = 0.017) were identified. No difference was found at five-year patient survival in both groups. Only hepatitis B/C (HR 1.714, p = 0.023) was identified as an independent predictor for patient death in the 1990-1999 period, while after 2000, retransplantation (HR 2,718, p = 0.049) and AR (HR 2,619, p = 0.023) were determinant. Conclusion: After the year 2000, AR was no longer an independent predictor for poor graft survival. Inversely, AR began to play a deleterious effect on patient survival. Advances on immunosuppressive drugs allowed the increase of kidney transplant on hypersensitized patients, with improvement of graft survival in those patients but also with a possible deleterious effect on patient survival.^lpt^aObjetivo: Avaliar na década de 90 e 2000 os fatores preditores de rejeição aguda (RA) aos 6 meses pós transplante renal (TR) e o seu efeito na sobrevida censurada do enxerto e do doente. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos casos de RA efetuada separadamente em dois períodos: 1990-1999 e 2000-2009. Na avaliação dos fatores de risco para RA foi utilizado um modelo de regressão logística multivariada. Procedemos à construção de curvas comparativas de sobrevivência do enxerto entre paciente com e sem RA pelo método de Kaplan-Meier em cada período. A regressão de Cox multivariada permitiu identificar os preditores de sobrevivência censurada do enxerto e doente, usando como modelo: rejeição aguda, idade (< 40 vs ≥ 40 anos) e sexo do recetor, tempo em HD/DP (< 36 vs. ≥ 36meses), dador vivo vs. cadavérico (apenas na década de 2000), incompatibilidades HLA (0-3 vs. 4-6), PRA (≤ 15 vs. > 15%), número de TR prévios (< 2 vs. ≥ 2), status de hepatite B/C, idade (< 38 vs. ≥ 38 anos) e sexo do dador, episódio de necrose tubular aguda (NTA), uso de ATG na imunossupressão (IS) de indução, uso de MMF ou Tacrolimus (apenas na década de 2000) na IS de indução/manutenção. Resultados: Num total de 1299 transplantes renais, 644 (49.5%) foram realizados na década de 90 e 655 (50.5%) na década de 2000. A RA foi mais frequente na década de 90 (26.2% vs. 11.1%, p < 0.001). Nesta década, os fatores de risco para RA foram o não-uso de ATG (OR 1.88, p = 0.025) e a idade do recetor < 40 anos (OR 2.39, p = 0.001). Na década de 2000, NTA (OR 1.895, p = 0.046) e PRA > 15% (OR 3.519, p = 0.001) foram os fatores de risco identificados. A sobrevivência censurada do enxerto aos 5 anos foi inferior nos casos de RA na década de 90 (81% vs. 94%, p < 0.001) e 2000 (81% vs. 91%, log rank p = 0.004). Na análise de regressão Cox, os preditores de menor sobrevivência do enxerto na década de 90 foram a RA (HR 2,436, p < 0.001), idade do recetor < 40 anos (HR 1.984, p = 0.002) e idade do dador ≥ 38 anos (HR 1.961, p = 0.002). Na década de 2000 foram identificadas a NTA (HR 3.247, p < 0.001) e idade de dador ≥ 38 anos (HR 2.32, p = 0.017). Não encontramos diferenças na sobrevida do doente aos 5 anos em ambos períodos. Apenas o status de Hepatite B/C (HR 1.714, p = 0.023) foi preditor independente de morte do doente na década de 90, enquanto que na década de 2000, os preditores significativos foram TR prévio (HR 2,718, p = 0.049) e RA (HR 2,619, p = 0.023). Conclusão: A partir de 2000, a RA aos 6 meses deixou de ser um preditor independente de sobrevivência do enxerto. Inversamente, passou a ter um efeito negativo independente na sobrevivência do doente. Os avanços na IS permitiu o TR em recetores cada vez mais sensibilizados, com melhoria na sobrevida do enxerto nestes casos mas com possível efeito desfavorável na sobrevida do doente.

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