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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

 ISSN 0872-0169

MARTINS, Ana Rita    MAS, Sebastian. Lipotoxicity and kidney. []. , 29, 4, pp.306-315. ISSN 0872-0169.

^len^aLipotoxicity could be defined as the deleterious effects exerted by lipids on plasma (normally as nonesterified molecules) on cell and tissues. Lipotoxicity is closely linked to obesity, although it can be observed in some lean individuals. Therefore, as overweight becomes more prevalent worldwide, the pathological effects mediated by lipotoxic molecules will have a greater impact in healthcare systems. Ectopic deposition of lipids into non-adipose tissues, such as the kidney, can lead to accumulation of toxic metabolites that lead to mitochondrial dysfunction, endoplasmic reticulum stress, apoptosis and renal dysfunction. Pro-inflammatory mediators are released by visceral adipose tissue in response to injury: adipocytokines (leptin, resistin, vistatin, adiponectin), chemokines (IP-10, IL-8, RANTES and MCP-1), interleukins (IL-1, IL-6) and growth factors (TNFa). Visceral adiposity plays an important role in inflammation and insulin resistance in obesity. Oxidative processes are pivotal events in injury to renal tubular and epithelial cells exposed to ox-LDL. In type 2 diabetes, ox-LDL and free fatty acids damage podocyte function, structure and tubulointersticial tissue. The mechanisms by which obesity causes nephron injury are not fully understood but likely involve a combination of haemodynamic, metabolic and inflammatory changes. Most of the research has been done on its effects in cardiovascular disease, but lipotoxicity is also a major contributor to the development of chronic kidney disease (CKD). The understanding of the adipogenesis should provide new opportunities for therapeutic intervention. In this paper the current state of causes, consequences and possible therapeutic intervention is summarized, providing an insight on the contribution of lipotoxic molecules to renal disease^lpt^aA lipotoxicidade define-se pelos efeitos deletérios causados pelos lípidos plasmáticos em circulação (usualmente sob a forma de moléculas não-esterificadas) nas células e nos tecidos. A lipotoxicidade está intimamente relacionada com a obesidade, embora possa ser observada em alguns indivíduos magros. Com o aumento da prevalência da obesidade por todo o mundo, também os efeitos patológicos mediados pelas moléculas lipotóxicas terão maior impacto na população. A deposição ectópica de lípidos em tecidos não adiposos, tais como o rim, pode levar à acumulação de metabolitos tóxicos que levam à disfunção mitocondrial, ao stress do retículo endoplasmático, apoptose e à disfunção renal. Os mediadores pro-inflamatórios libertados pelo tecido adiposo visceral em resposta a lesão são: adipocitocinas (leptina, resistina, vistatina, adiponectina), quimiocinas (IP-10, IL-8, RANTES e MCP-1), interleucinas (IL-1, IL-6) e fatores de crescimento (TNFa). A adiposidade visceral tem um papel central na inflamação e na resistência à insulina na obesidade. Os processos oxidativos têm papel fulcral na lesão tubular renal e nas células epiteliais expostas a LDL-ox. Na diabetes tipo 2, LDL.ox e ácidos gordos livres causam dano na função e estrutura podocitária e no tecido tubulointersticial. Os mecanismos pelos quais a obesidade causa lesão renal não estão ainda completamente esclarecidos mas envolvem provavelmente uma combinação de vias hemodinâmicas, metabólicas e inflamatórias. A investigação tem sido, sobretudo, centrada sobre os efeitos da lipotoxicidade na doença cardiovascular, porém tem também um importante impacto na doença renal crónica (DRC). O entendimento da adipogénese pode oferecer oportunidades para novas intervenções terapêuticas. Neste artigo, os autores apresentam o conhecimento atual das causas, consequências e intervenções terapêuticas, proporcionando uma visão acerca da contribuição das moléculas lipotóxicas na doença renal.

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