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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754

SILVA, Ana Isabel    TELES, Andreia. Neofobias Alimentares: importância na prática clínica. []. , 22, 3, pp.167-170. ISSN 0872-0754.

^lpt^aObjetivo: Revisão da evidência científica do tema Neofobias Alimentares (NA), focando os aspetos mais importantes da sua aplicação na prática clínica. Métodos de revisão: Pesquisa bibliográfica da literatura em Inglês e Português, de Janeiro de 2001 a Fevereiro de 2012 através da Medline/Pubmed, sítios de Medicina Baseada na Evidência e livros de texto de Fisiologia. Resultados: O termo NA define-se como uma relutância na aceitação de novos sabores. O gosto por certos alimentos é um processo complexo que se inicia no útero, continua com o aleitamento e permanece pela vida fora. Embora exista influência de fatores genéticos, estes podem ser influenciados por exposições precoces e repetidas aos diferentes sabores, o que irá modular o paladar e diminuir o risco de patologias futuras, nomeadamente obesidade infantil. A janela para habituação aos sabores é estreita e a rejeição de alimentos introduzidos após os quatro anos é maior. A aceitação de um novo sabor até aos cinco anos necessita frequentemente de 10 a 15 exposições repetidas. As emoções, aspetos sociais e processos digestivos, são fatores influenciadores da aquisição do gosto. Conclusões: As preferências gustativas são muito estáveis e podem durar toda a vida, pelo que devemos dar uma especial atenção às crianças e pais no processo de “educação do gosto”. Ao dar à criança alguns alimentos preferidos juntamente com os novos alimentos e ao manter a calma para as neofobias temporárias, talvez seja a chave para o desenvolvimento das preferências gustativas. Reforços negativos, nomeadamente pressões, devem ser evitados, devendo-se valorizar os reforços positivos.^len^aObjective: To review the scientific evidence of the theme Food Neophobias (FN), focus on the most important aspects of their application in clinical practice. Review methods: A systematic review was performed for papers published between January 2001 to February 2012, in Portuguese/English, in the medical databases Medline/Pubmed, Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, evidence-based medicine sites and Physiology text books. Results: The term FN is defined as a reluctant acceptance of new flavours. The taste for certain foods is a complex process that begins in utero, continues during breastfeeding and remains throughout life. Although there is an influence of genetic factors, these can be contradicted by early and repeated exposure to different flavours, which will modulate the taste and will reduce the risk of future diseases, including childhood obesity. As the window for habituation to new flavours is thin, the rejection of foods introduced after four years is higher. The acceptance of a new flavour up to five years often requires 10 to 15 repeated exposures. Emotions, social aspects and digestive processes, are factors that influence the acquisition of taste. Conclusions: The gustatory preferences are very stable and can follow up lifelong and we should pay particular attention to children and parents in the “taste education” process. By giving the child some favourite foods with new foods and to stay calm for temporary neophobias, may be the key to the development of taste preferences. The negative reinforcement, such pressures, should be avoided, and the positive reinforcement should be implemented.

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