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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

ROMAO, Patrícia; DURAO, Filipa; VALENTE, Sandra    SALDANHA, Joana. Aleitamento materno: o que mudou em 12 anos. []. , 26, 3, pp.171-177. ISSN 0872-0754.

^lpt^aIntrodução: Nas últimas décadas têm-se desenvolvido iniciativas para a promoção e proteção do aleitamento materno (AM). Este estudo pretende avaliar a taxa de manutenção de AM na maternidade e a sua manutenção aos três e aos seis meses de vida, no ano de 2012 num hospital de apoio perinatal diferenciado e comparar os resultados com os obtidos em estudos anteriores, em 2000 e 2003, realizados na mesma instituição. Material e Métodos: Estudo longitudinal prospetivo. Amostra de conveniência dos recém-nascidos internados na maternidade de 1 de fevereiro a 30 de abril de 2012. Recolheram-se dados sociodemográficos, perinatais e determinantes da inter- rupção do AM, na maternidade, aos três e seis meses de vida e comparam-se com os dados dos estudos realizados em 2000 e 2003 na mesma instituição. Resultados: Incluíram-se 292 díadas mãe/filho. Em comparação com os estudos anteriores, as mães apresentavam uma idade média e nível de escolaridade superior. Relativamente ao estudo de 2000, verificou-se um aumento da percentagem de prematuros, uma redução dos partos por cesariana bem como uma diminuição na administração de leite para lactantes (LPL) e tempo da primeira mamada. Constatou-se um aumento da taxa do AM na maternidade (98%) em comparação ao ano de 2003 (91%). Obtivemos um menor número de respostas aos 3 e 6 meses de seguimento relativamente aos estudos anteriores, mantendo-se o AM, respetivamente em 78,7% e 53,1% dos ca- sos avaliados nestes dois períodos. A hipogaláctia manteve-se a principal causa de aleitamento de substituição. Aos seis meses, a iniciativa da interrupção foi maioritariamente tomada pela mãe. Discussão/Conclusão: Todas as mães que iniciaram o AM na maternidade mantiveram-no até à alta o que representa um incentivo às iniciativas de promoção do AM na maternidade desenvolvidas ao longo dos anos. A redução da administração de leite para lactante e do tempo até início do AM, representaram ganhos na sua promoção. A hipogaláctia manteve-se a principal causa de abandono mas contrariamente aos estudos anteriores a iniciativa da interrupção do AM foi mais frequentemente tomada pela mãe. É premente a criação de políticas e estruturas na comunidade que visem o apoio à manutenção do AM após a alta hospitalar.^len^aIntroduction: In recent decades initiatives for the promotion and protection of breastfeeding (BF) have been developed. This study was designed to evaluate the BF maintenance rate in a differentiated perinatal support hospital and compare results with those obtained in previous and similar studies. Methodology: Longitudinal prospective study including a convenience sample of newborns admitted to a maternity, from 1 February, to 30 April, 2012. Sociodemographic, perinatal and determinants of BF interruption data were collected in maternity, at three and six months and compared with similar data evaluated in studies conducted in 2000 and 2003 at the same institution. Results: Two hundred and ninety two mother/child pairs were included. Comparing with studies of 2000 and 2003, mothers had a higher mean age and educational level. In relation to the study of 2000, there was an increase in the preterm percentage and a reduction of caesarean section, infant formula needs and time to BF onset. It was found an improvement in BF rate at discharge compared to 2003. The hypogalactea remained the main cause of BF cessation. At six months, the BF interruption decision was mostly taken by the mother. Discussion/Conclusion: The demographic changes aware to the emergence of possibly different difficulties in BF promoting. At the hospital, reduction of infant formula use and time to BF onset represented improvements in this area. Such results highlight the importance of BF efforts over the years and must encourage other similar initiatives after discharge.

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