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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

QUEIROS, Marta    CASEIRO, João. Child maltreatment and mental disorders: the role of epigenetics. []. , 27, 3, pp.166-175. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v27.i3.13431.

^len^aIntroduction: Child maltreatment is associated with high risk for various physical and mental disorders and is associated with over 30% of adult psychopathology. Child maltreatment also relates with poor clinical outcomes, such as chronic disease, increased hospitalization, comorbidity and reduced response to treatment. Early adverse experiences can cause epigenetic changes, altering gene expression without changing DNA sequence. Epigenetic alterations in genes implicated in stress response and neurodevelopment might explain to some extent the impact of child maltreatment in mental health. Objectives: Review available literature concerning the impact of child maltreatment in human epigenome, focusing on mental health related outcomes. Development: DNA methylation induced by child maltreatment changes specific genes, in peripheral and brain tissues, producing major consequences in stress regulation, neural plasticity, and neurodevelopment. Methylation of the glucocorticoid receptor gene is one of the most studied epigenetic alterations that have been related to childhood maltreatment and seems to be responsible for an increased vulnerability to develop psychopathology. Epigenetic changes may not be permanent, and there are some interventions that seem to reduce DNA methylation. Therefore, in the future, DNA methylation may be used, not only in the diagnosis and prediction of treatment response, but also for therapeutic innovation. Conclusions: Epigenetic changes can potentially explain pathophysiological changes related to child maltreatment exposure, may serve as biomarkers in stress-related disorders and provide targets for the development of new therapeutic and preventive interventions for individuals that were exposed to child abuse.^lpt^aIntrodução: A exposição a maus tratos na infância está associada a risco acrescido de doença física e mental, relacionando-se com mais de 30% da psicopatologia e com maus resultados clínicos, nomeadamente formas de doença crónicas, aumento da hospitalização, comorbilidades e baixa resposta terapêutica. Experiências adversas na infância podem causar alterações epigenéticas, alterando a expressão genética sem modificar a sequência do ADN. Alterações na expressão dos genes implicados na resposta ao stress e no neuro-desenvolvimento poderão explicar o impacto dos maus tratos infantis na saúde mental. Objetivos: Revisão da literatura acerca do impacto dos maus tratos na infância no epigenoma humano, salientando as consequências para a saúde mental. Desenvolvimento: A metilação de ADN induzida por trauma na infância provoca alterações em genes específicos, em tecidos periféricos e cerebrais, alterando significativamente a regulação da resposta ao stress, plasticidade cerebral e neuro-desenvolvimento. A metilação do gene do recetor de glucocorticoides é uma das alterações epigenéticas mais estudadas e parece ser responsável por uma maior vulnerabilidade para psicopatologia em crianças expostas a maus tratos. As alterações epigenéticas não são necessariamente permanentes e algumas intervenções parecem diminuir a metilação de ADN. Futuramente, a metilação de ADN poderá utilizar-se no diagnóstico, predição da resposta terapêutica e desenvolvimento de tratamentos inovadores. Conclusões: Algumas alterações patofisiológicas observadas em indivíduos expostos a maus tratos na infância poderão ser explicadas por mecanismos epigenéticos. As alterações epigenéticas poderão servir como biomarcadores de doenças associadas ao stress e possibilitar o desenvolvimento de tratamentos inovadores para indivíduos expostos a maus tratos na infância.

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