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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

NEVES, João Fonseca et al. Complicações orbitárias de sinusite aguda em pediatria: experiência de oito anos. []. , 30, 4, pp.207-212.   31--2021. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v30.i4.18998.

Objetivos:

A sinusite aguda é responsável por até 82% dos casos de infeções orbitárias. As infeções propagam-se facilmente, em particular através das células etmoidais, mesmo em crianças sob antibioterapia. O objetivo deste estudo foi descrever a experiência de oito anos de um centro hospitalar com esta patologia.

Métodos:

Revisão retrospetiva dos casos de sinusite aguda com complicações orbitárias admitidos no Departamento de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra entre 2010 e 2017.

Resultados:

Sessenta e quatro doentes foram incluídos no estudo, com uma idade média de 9 ± 4,7 anos e uma proporção de rapazes:raparigas de 1,67:1. A maioria dos doentes foi internada nos meses de inverno (57,8%), com 2,9 ± 2,5 dias de evolução clínica. O score de Lund Mackay foi de 10,6 ± 4,9, com os seios maxilar e etmoidais mais prevalentemente envolvidos (96,4% e 94,6%, respetivamente), e correlacionou-se inversamente com a idade (p <0,05). A celulite pré-septal foi a complicação mais comum (56,3%). Foram identificados abscessos em 18,7% dos doentes, mas apenas quatro (6,25%) necessitaram de tratamento cirúrgico. Sete (10,9%) casos ocorreram logo após a alta hospitalar e exigiram antibioterapia prolongada. Todos os doentes recuperaram bem, sem lesões sequelares.

Conclusão:

Os resultados obtidos demonstram que as complicações orbitárias da sinusite respondem bem à terapêutica médica e os doentes frequentemente recuperam sem comorbilidades locais. O acompanhamento clínico destes doentes durante os primeiros meses após a alta hospitalar é essencial para evitar recidivas precoces.

: complicações; doença orbital; sinusite.

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