31 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

ALMEIDA, Ana Beatriz de; ALVES, Tiago Meneses; MACEDO, Rosa Zulmira    BARREIRO, Márcia. Impact of SARS-CoV-2 infection on fertility: concerns in Reproductive Medicine. []. , 31, 3, pp.212-219.   30--2022. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v31.i3.27747.

^a

The coronavirus disease 2019 pandemic brought repercussions on health services providing fertility treatments. Approximately 0.3% of the overall livebirth rate corresponds to infants conceived using assisted reproductive technology treatments every year. Besides its negative impact relative to cycle cancelations, it is thought that severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) may affect the human reproductive system through angiotensin-converting enzyme 2 (ACE2) receptor, and consequently lead to infertility. The SARS-CoV-2 infection may disrupt the hypothalamus-pituitary-ovary (HPO) axis, and hence oocyte quality. Moreover, the endometrial ACE2 expression raises concerns about endometrial and placental dysfunctions related to obstetrical complications when pregnancy is achieved. Furthermore, an association between COVID-19 and changes in menstrual patterns was observed. However, in men, ACE2 expression levels on testicular cells is low and presence of SARS-CoV-2 mRNA in semen is controversial. Still, imaging signs of orchitis and epididymitis in COVID-19 recovered patients and clinical hypogonadism may be responsible for impairing male fertility during the pandemic. The international recommendations firstly encouraged the gradual re-establishment of fertility treatments by identifying those patients who should be prioritized. Therefore, we assessed the importance of fertility preservation during coronavirus disease 2019 pandemic to urgent subgroups of patients (mainly oncological patients and autoimmune diseases) that are usually submitted to gonadotoxic and teratogenic treatments that cannot be deferred indefinitely awaiting for the pandemic to end. The implications of SARS-CoV-2 effects on assisted reproductive technology (ART) outcomes are also explored in this review.

^len^a

Aproximadamente 0,3% da taxa anual de nados-vivos corresponde a recém-nascidos concebidos por técnicas de procriação medicamente assistida, pelo que o novo coronavirus trouxe repercussões negativas aos serviços de saúde que garantem tratamentos de fertilidade. Além do seu impacto em relação ao cancelamento de novos ciclos, pensa-se que o coronavírus 2 associado a síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2) pode também afetar os sistemas reprodutivo humano através do recetor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e, consequentemente, conduzir a infertilidade. A infeção por SARS-CoV-2 pode afetar o eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) e, portanto, a qualidade dos ovócitos. Além disso, a expressão endometrial de ACE2 pode estar associada a quadros de disfunção endometrial e placentária que podem conduzir a complicações obstétricas quando a gravidez é alcançada. Também foi observada uma associação entre a COVID-19 e alterações nos padrões menstruais das mulheres. Contudo, nos homens, os níveis de expressão da ACE2 nas células testiculares são baixos e a presença do mRNA da SARS-CoV-2 no sémen é controversa. Ainda assim, sinais imagiológicos de orquite e epididimite em doentes recuperados da COVID-19, ou casos de hipogonadismo clínico podem ser responsáveis por prejudicar a fertilidade masculina durante a pandemia.

As recomendações internacionais começaram por encorajar o restabelecimento gradual dos tratamentos de fertilidade, identificando os doentes que deveriam ser priorizados. Por conseguinte, avaliámos a importância da preservação da fertilidade durante a pandemia em subgrupos urgentes de doentes (principalmente doentes oncológicos e em doentes autoimunes) que são geralmente submetidos a tratamentos gonado-tóxicos e teratogénicos, que não podem ser adiados indefinidamente enquanto se aguarda o fim da pandemia. As implicações dos efeitos da SARS-CoV-2 nos resultados das técnicas de procriação medicamente assistida são também exploradas nesta revisão.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )