32 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

TEIXEIRA, Susana Cláudia et al. Urinary tract infection in children: Assessment of antibiotic susceptibility profile. []. , 32, 2, pp.89-96.   30--2023. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v32.i2.25990.

^a

Introduction:

Urinary tract infections are among the most common bacterial infections in children. Knowing the local prevalence of uropathogens and their antibiotic susceptibility patterns is essential for appropriate empirical antimicrobial therapy. The aim of this study was to evaluate the etiological bacterial organisms of community-acquired urinary tract infections in pediatric age and their antibiotic susceptibility profile in the area of influence of a secondary hospital in northern Portugal.

Material and Methods:

Retrospective study of all urine cultures from the Pediatric Emergency Department of Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, between July 2017 and June 2020. Etiology and antimicrobial susceptibility data were analyzed by gender and age group.

Results:

Of 2225 urine cultures, 541 were positive for bacterial infection. Urinary tract infections were more common in females (72.8%), except in children under one year of age. Escherichia coli (76.9%) and Proteus mirabilis (15.1%) were the most frequently isolated organisms. Both uropathogens had higher susceptibility rates to cefuroxime than to amoxicillin-clavulanic acid. E. coli isolates from males between one and three years of age had a susceptibility rate of 38.1% to amoxicillin-clavulanic acid. In females over 16 years of age, all E. coli isolates were susceptible to fosfomycin and nitrofurantoin.

Discussion:

E. coli was the most common pathogen isolated in both genders. In the authors’ perspective, cefuroxime should be considered as a first-line empirical treatment, especially in males between one and three years of age.

Conclusion:

Regular monitoring of the local antibiotic susceptibility profile should be performed to optimize empirical antibiotic therapy. Not only age but also gender should be taken into account.

^len^a

Introdução:

As infeções do trato urinário são das infeções bacterianas mais frequentes em crianças. Para instituir uma terapêutica empírica adequada, é essencial conhecer a prevalência da população microbiana local, bem como o respetivo perfil de suscetibilidade aos antibióticos. Este estudo teve como objetivos determinar as bactérias mais frequentemente envolvidas nas infeções do trato urinário adquiridas na comunidade em idade pediátrica e o respetivo padrão de suscetibilidade aos antibióticos na área de influência de um hospital de nível II no norte de Portugal.

Material e Métodos:

Estudo retrospetivo de todas as uroculturas realizadas no Serviço de Urgência Pediátrico do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal, entre julho de 2017 e junho de 2020. Foi analisada a etiologia e suscetibilidade aos antibióticos em função da idade e género das crianças.

Resultados:

Das 2225 culturas de urina analisadas, 541 foram positivas para infeção bacteriana. As infeções do trato urinário foram mais frequentes no sexo feminino (72.8%), exceto em crianças com idade inferior a um ano. Escherichia coli (76.9%) e Proteus mirabilis (15.1%) foram as bactérias mais frequentemente isoladas. A suscetibilidade à cefuroxima foi superior à observada para a amoxicilina-ácido clavulânico. Nos rapazes entre um e três anos de idade, a suscetibilidade de E. coli para a amoxicilina-ácido clavulânico foi de apenas 38.1%. Nas adolescentes do sexo feminino com 16 anos ou mais, todas as estirpes de E. coli isoladas foram suscetíveis à fosfomicina e nitrofurantoína.

Discussão:

E. coli foi o agente mais prevalente nas infeções do trato urinário adquiridas na comunidade. Na área de influência do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, a cefuroxima demonstrou ser a melhor escolha como antibioterapia empírica para todas as crianças, especialmente para os rapazes entre um e três anos de idade.

Conclusão:

A vigilância do perfil de suscetibilidade aos antibióticos local deve ser realizada regularmente, de modo a otimizar a terapêutica antimicrobiana empírica. Esta deve ter em consideração a idade e o género da criança.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )