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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

MARQUES, Pedro Carvalho e et al. Feeding and eating difficulties in early childhood - Characterization of a child psychiatry consultation. []. , 32, 3, pp.173-181.   30--2023. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v32.i3.26966.

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Introduction:

Feeding difficulties in early childhood are among the most common problems reported by parents and may reflect the child’s own characteristics or a relational problem. They are associated with problems in later life, such as behavioral disorders, cognitive deficits, and eating disorders.

Materials and Methods:

This study was a retrospective, descriptive analysis of sociodemographic and clinical data of children under six years of age with feeding or eating problems evaluated at a first consultation in a child psychiatry unit of a tertiary hospital between January 2019 and May 2021. Children with a diagnosis or suspected diagnosis of autism spectrum disorder were excluded.

Results:

Of a total of 647 children evaluated, 57 (8.81%) were classified as having feeding difficulties. Their median age was 24.5 months. Food selectivity was the most frequently reported problem (45.6%), followed by difficulties in self-regulation at mealtimes (43.9%) and decreased appetite (33.3%). Among the mothers, 21% had a history of depressive disorders and 7% had a history of anxiety disorders. Forty-nine percent of children had patterns of interaction with their primary caregiver that were considered worrisome or disruptive. Fifty-four percent of the therapeutic interventions provided were child-parent psychotherapy.

Conclusions:

Early identification and intervention are needed for children with feeding problems. Feeding problems are common in early childhood and a multidisciplinary approach must always be considered as they can affect several domains of the child’s health and development.

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Introdução:

As dificuldades alimentares na primeira infância estão entre as principais queixas dos pais e podem refletir características intrínsecas da criança ou um problema relacional. Estas dificuldades estão associadas a problemas subsequentes no desenvolvimento da criança, como problemas comportamentais, défices cognitivos e perturbações do comportamento alimentar.

Materiais e Métodos:

Foi realizada uma análise retrospetiva e descritiva dos dados sociodemográficos e clínicos de crianças com menos de seis anos de idade avaliadas em primeira consulta de Pedopsiquiatria de um hospital terciário por dificuldades alimentares entre janeiro de 2019 e maio de 2021. Crianças com diagnóstico ou suspeita de perturbação do espetro do autismo foram excluídas.

Resultados:

De um total de 647 crianças avaliadas, 57 (8,81%) foram classificadas como tendo dificuldades ou problemas alimentares. A mediana de idades foi de 24,5 meses. A seletividade alimentar foi o problema alimentar mais comum (45,6%), seguida de dificuldades na autorregulação durante as refeições (43,9%) e apetite reduzido (33,3%). Vinte e um por cento das mães apresentava antecedentes de perturbação depressiva e 7% apresentava antecedentes de perturbação de ansiedade. Quarenta e nove por cento das crianças incluídas no estudo apresentava padrões de interação com o cuidador principal preocupantes ou perturbados. Em 54% das crianças, a orientação terapêutica mais comum foi psicoterapia criança-cuidador.

Conclusões:

É necessária deteção e intervenção precoce para crianças com dificuldades alimentares. As perturbações alimentares são comuns na primeira infância e deve ser sempre considerada uma abordagem multidisciplinar das mesmas, uma vez que podem ter impacto em vários domínios do desenvolvimento e saúde da criança.

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