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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

MOREIRA, Mafalda; ALBA, Diana; FERREIRA, Inês Paiva    MONTEIRO, Cláudia. Involuntary movements in an adolescent. []. , 33, 1, pp.64-66.   31--2024. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v33.i1.26494.

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Extrapyramidal symptoms (EPS), such as dystonia, akathisia, and parkinsonism, are movement disorders that have been described as a side effect of antipsychotic medications in adults. In children, their use has expanded, as have this type of symptoms, especially those caused by first-generation antipsychotics. Paliperidone is a second-generation drug approved for schizophrenia in adolescents. The authors describe the case of a 12-year-old boy with a chronic disruptive behavior disorder who was admitted to the Emergency Department with tongue protrusion, inability to speak, eye rolling, and body tremors since that day. He was treated with paliperidone, the dose of which had been doubled in the previous month. Examination revealed dystonia of the eyes, mouth, and tongue, and increased neck tone. Biperiden was administered with complete resolution of symptoms after five minutes, and paliperidone was discontinued. This case suggests that caution should be exercised when prescribing antipsychotics (even second-generation agents). As the use of antipsychotics in children is increasing, pediatricians should be familiar with the acute presentation of side effects of these drugs.

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As síndromes extrapiramidais, como a distonia, a acatisia e o parkinsonismo, são doenças do movimento descritas como efeito adverso dos antipsicóticos em idade adulta. A sua utilização tem-se disseminado entre as crianças e, como tal, também este tipo de sintomas, principalmente associados aos fármacos de primeira geração. A paliperidona é um antipsicótico de segunda geração aprovado para o tratamento da esquizofrenia em adolescentes. É apresentado o caso de um adolescente de 12 anos do sexo masculino com transtorno disruptivo do comportamento admitido no Serviço de Urgência por protusão da língua, incapacidade de fala, reversão ocular e tremor involuntário desde o próprio dia. O rapaz estava cronicamente medicado com paliperidona, cuja dose tinha sido duplicada no mês anterior. Ao exame objetivo, apresentava distonia ocular e oromandibular e aumento do tónus cervical. Foi administrado biperideno, com total resolução da sintomatologia em cinco minutos. O tratamento com paliperidona foi descontinuado. Este caso demonstra que a prescrição de antipsicóticos, nomeadamente de segunda geração, deve ser criteriosa. Atendendo a que a sua utilização na infância tem aumentado, é importante que os pediatras estejam familiarizados com a apresentação clínica dos efeitos adversos associados a estes psicofármacos.

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