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Medicina Interna

 ISSN 0872-671X

ABREU, Tiago Tribolet de. Fluid Responsiveness is Not the Same as Fluid Benefit. []. , 26, 1, pp.67-68. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/rspmi/PV/137/1/2019.

^len^aFluid responsiveness has been a hot topic for some time. Although with an easy conceptual definition (responding to volume expansion by increasing cardiac output), its practical assessment has been the subject of research, debate and some controversy, for the past 15 to 20 years. The problem is that fluid responsiveness is not the same as fluid benefit. And we have been wasting time researching in ways to predict fluid responsiveness. I really do not want to know if the patient is fluid responsive or not (are not we all?), but rather if fluid expansion is beneficial or detrimental to that specific patient, on that specific moment. We test patients in shock for fluid responsiveness. If, whatever the method we use, we find them to be responsive, we do intravenous fluids. We only stop fluid loading/fluid expansion if one of two things happen: if the patient is no longer in shock, or if the patient is no longer fluid responsive. We would never use a drug with proven harm, especially if its benefit was insufficiently proven. Nevertheless we continue to use fluids in scenarios in which their harm is proven, but their benefit is not. We need a paradigm shift. We need to stop looking for ways to predict fluid responsiveness. We must search for ways to identify which patients benefit from fluid expansion, fluid depletion or a neutral fluid strategy. New trials should prospectively compare well defined fluid strategies (expansion, depletion or neutral) to be applied depending on a set of predetermined tests. Until then, we will end up with the same question: will this specific patient, at this specific moment, benefit from fluid expansion, fluid depletion or a neutral fluid strategy?^lpt^aA responsividade a fluidos tem sido um tema quente há algum tempo. Embora tenha uma definição conceptual fácil (a resposta à expansão de volume com aumento do débito cardíaco), a sua avaliação na prática tem sido assunto de investigação, debate e alguma controvérsia nos últimos 15 ou 20 anos. O problema é que a responsividade a fluidos não é sinónimo de benefício da administração de fluidos. E temos andado a gastar tempo a investigar formas de prever a responsividade a fluidos. E eu realmente não quero saber se o doente é responsivo a fluidos ou não (não o somos todos?), mas antes se aquele doente específico beneficia ou não da administração de fluidos naquele momento específico. Nós avaliamos se os doentes em choque são ou não responsivos a fluidos. Se, seja qual for o método utilizado, verificamos que o são, administramos fluidos. E só paramos essa administração de fluidos se uma de duas coisas acontece: se o doente já não está em choque, ou se o doente deixa de ser responsivo a fluidos. Nunca usaríamos um fármaco com efeitos deletérios comprovados, em especial se o seu benefício não estivesse comprovado. No entanto continuamos a usar fluidos em cenários em que o seu prejuízo está bem demonstrado, mas o seu benefício não. Precisamos de uma mudança de paradigma. Temos que deixar de procurar formas de prever a responsividade a fluidos. Precisamos de encontrar formas de identificar que doentes beneficiam da expansão de volume, depleção de volume ou de uma estratégia de balanço neutro. Os novos ensaios deverão, de forma prospectiva, comparar estratégias bem definidas de gestão de fluidos (expansão, depleção ou neutra) a serem aplicadas de acordo com critérios pré-determinados. Até lá, continuaremos com o mesmo problema: será que este doente, neste momento, beneficia de uma estratégia de expansão, depleção ou de balanço neutro?

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