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Medicina Interna

 ISSN 0872-671X

PINHO, Mónica et al. Sete Anos de Neutropenias Febris num Serviço de Medicina Interna. []. , 26, 2, pp.97-106. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/rspmi/O/241/18/2/2019.

^lpt^aIntrodução:A neutropenia febril permanece uma complicação grave dos tratamentos de quimioterapia, representa uma causa importante de morbi-mortalidade e recurso aos serviços de saúde, e pode comprometer a eficácia dos tratamentos antineoplásicos. Os dados disponíveis na literatura sobre doentes oncológicos internados por neutropenia febril são escassos. O objetivo do estudo é a caracterização dos doentes internados num serviço de Medicina Interna com neutropenia febril pós-quimioterapia. Material e Métodos: Estudo observacional transversal decorrido entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014 num Serviço de Medicina Interna. Foram incluídos doentes oncológicos sob quimioterapia internados com o diagnóstico de neutropenia febril. A colheita dos dados demográficos e clínicos foi feita a partir dos dados do processo clínico em papel e informatizado. A análise dos dados foi feita com recurso ao SPSS versão 23.0. Resultados: Foram selecionados 187 episódios de internamentos num total de 156 doentes; 54,5% pertenciam ao género masculino e a idade mediana foi de 67 anos. A maioria dos doentes (63,0%) apresentava doença oncológica em estadio avançado e 39,0% tinham neutropenia severa. Os fatores de crescimento foram utilizados em 80,8% dos internamentos. Colheram-se hemoculturas em 77,9% dos episódios com 20,0% de bacteriemias confirmadas; os microrganismos Gram-negativos foram os agentes mais frequentes. O uso da associação de pelo menos dois antibióticos mostrou uma tendência decrescente e os carbapenemes foram os mais requisitados. A taxa de mortalidade foi de 17,0%, dos quais 62,5% apresentavam neutropenia profunda e 75,0% doença oncológica estadio IV. Conclusão: A criação de protocolos e a sua auditoria permitem avaliar o trabalho realizado no serviço e melhorar os cuidados de saúde prestados.^len^aIntroduction: Febrile neutropenia remains a serious side effect of chemotherapy and is a major cause of morbidity and mortality, as well as healthcare resource, and may compromise the efficacy of antineoplastic treatments by delaying and dose reductions of chemotherapy. The data about oncological inpatients with febrile neutropenia is scarce on literature, so this study pretends to characterize this population in a period of seven years at an internal medicine department and knowing more about this medical approach. Results: 156 inpatients were included in a total of 187 hospitalizations by febrile neutropenia. More than 50% was man, with a median age of 67 years old and 63.0% had advanced oncological disease. Fewer was present in 85.6% of admissions and 39.0% had severe neutropenia. Blood cultures were collected in 77.9% of episodes and 20.0% had bacteraemia. Gram-negative agents were the most frequent and the antibiotic association had a downward trend, being the carbapenems the most used. Mortality rate was about 17.0%, of which 62.5% had severe neutropenia and 75.0% stage IV. Conclusion: The creation of protocols and their auditing make it possible to evaluate the clinical work performed on the service and to improve the health care provided

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