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Medicina Interna

 ISSN 0872-671X

GREENFIELD, Helena; SOUSA, Sílvia    GUEDES, Carolina. D-Dímeros no Diagnóstico de Tromboembolismo Venoso Num Serviço de Urgência. []. , 28, 1, pp.21-27.   15--2021. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/o/245/20/1/2021.

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Introdução:

O tromboembolismo venoso (TEV) engloba a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP). O doseamento de D-dímeros tem uma sensibilidade superior a 95% e um elevado valor preditivo negativo para TEV. Propusemo-nos a analisar episódios de urgência em que foram doseados D-dímeros. As variáveis pesquisadas foram: sintomas ou sinais presentes, a adequabilidade do pedido de D-dímeros de acordo com a probabilidade pré-teste, a realização de tomografia computorizada com angiografia (angio-TC) e a confirmação/exclusão de TEV.

Métodos:

Análise retrospetiva dos episódios de urgência de 1 de julho a 31 de dezembro de 2017, referentes a doentes com mais de 18 anos, com doseamento de D-dímeros.

Resultados:

Foram incluídos 589 episódios. O género feminino representou 61,3% (n = 361) da amostra e a idade média foi de 62 ± 19 anos. Observamos doseamento de D-dímeros em doentes sem clínica sugestiva de TEV, em 110 episódios (19%). Em quatro doentes com alta-probabilidade pré-teste foi efetuado doseamento de D-dímeros; os D-dímeros estavam elevados em 55,5% de todos os episódios (327/589), mas apenas 28,1% (n = 92) destes fizeram angio-TC. O número total de casos de TEV confirmados foi de 27 (4,6%).

Discussão e Conclusão:

Os resultados obtidos estão de acordo com a literatura. Reportam-se 3 erros na abordagem diagnóstica: doseamento de D-dímeros em doentes sem clínica sugestiva de TEV; doentes com alta-probabilidade submetidos a doseamento de D-dímeros; doentes com elevação de D-dímeros sem realização de angio-TC. Realçamos o interesse desta análise do ponto de vista económico e de não-maleficência no que respeita ao uso excessivo de exames no diagnóstico de TEV.

^lpt^a :

Venous thromboembolism (VTE) refers to deep vein thrombosis (DVT) and pulmonary embolism (PE). D-dimer dosing has sensitivity of over 95% and high negative predictive value for the diagnosis of VTE. Our goal was to analyse every Emergency Department episode in which D-dimer dosing was performed. The variables analysed were: presence or absence of clinical symptoms suggestive of VTE, the suitability of D-dimer request according to pre-test probability scores, performance of computed tomography angiography (angio-CT) if D-dimer elevation and number of confirmed VTE.

Methods:

We performed a retrospectively analysis of all cases of patients over 18 years of age in whom D-Dimer dosing was performed in our Emergency Department from the 1st of July to the 31st of December of 2017.

Results:

589 episodes were included in our analysis. Female gender represented 61% (n = 361) and median age was 62 ± 19 years-old. We documented 110 episodes with D-dimer dosing without any suggestive symptoms of VTE. In four patients with high pre-test probability D-dimer was inadequately performed. D-dimer elevation was observed in 55,5% (327/589) of all episodes, but only 28,1% were submitted to angio-CT. Total VTE confirmed was 27 (4,6%).

Discussion and Conclusion:

Our results are according to the literature. We report 3 main diagnostic errors: D-dimer dosing in patients without symptoms of VTE; D-dimer dosing in high probability patients; and patients with elevated D-dimer who do not do angio-CT. This study enlightens the prejudice of excessive and inadequate exams in the diagnosis of VTE.

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