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Medicina Interna

 ISSN 0872-671X

MARTINS, Alfredo et al. Proposta de Definição e Classificação de Insuficiência Respiratória. []. , 29, 4, pp.5-12.   02--2023. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/rspmi.1359.

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A insuficiência respiratória (IR) não é reconhecida como uma síndrome clínica, com sintomas e sinais característicos, com diferentes estádios de evolução e níveis de gravidade, e com alterações fisiopatológicas dependentes da etiologia, mas apenas como algumas alterações laboratoriais que só se tornam evidentes depois de realizada a gasometria do sangue arterial (GSA). Isto dificulta o seu diagnóstico clínico, sobretudo em fases precoces, impede o seu estudo e compreensão, e não permite que o tratamento adequado seja efetuado no tempo certo, numa elevada percentagem de situações. Além disso dificulta a investigação clínica em diferentes grupos homogéneos de doentes com IR, para melhor compreensão da síndrome e do seu tratamento. A prática clínica demonstra-nos que temos um conhecimento incompleto sobre IR, sobre a sua abordagem diagnóstica e sobre a sua gestão e tratamento. A IR tem influência direta na qualidade de vida e no prognóstico dos doentes e deve ser considerada uma entida-de nosológica, com características clínicas e fisiopatológicas evolutivas próprias, que exigem investigação dedicada visando a sua melhor compreensão e tratamento com o objetivo de alterar o seu curso e melhorar os resultados clínicos.

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At present, respiratory failure (RF) is commonly defined as a laboratory abnormality, evident only after performing arterial blood gas analysis (ABG), instead of being recognized as a clinical syndrome with characteristic symptoms and signs, different stages and severity levels, and with aetiology dependent physiopathological features. This often complicates its clinical diagnosis, especially in early stages, hampers its study and understanding and prevents appropriate treatment to be given in due time, in numerous situations. Further-more, it hinders clinical research for a better understanding of the syndrome and its treatment, in different homogeneous groups of patients with RF. Clinical practice demonstrates that we have an incomplete knowledge of RF, its diagnostic approach, management and treatment. RF directly impacts patient’s quality of life and prognosis. It should be considered a nosologic entity, with unique clinical, physiopathological and dynamic characteristics, that demands a dedicated investigation aiming to be better understood and treated with the goal of changing its course and improve clinical outcomes.

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