18 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Jornal Português de Gastrenterologia

 ISSN 0872-8178

NUNES, Joana et al. Profilaxia da Reactivação do Vírus da Hepatite B na Terapêutica Imunosupressora em Doenças Reumáticas. Orientações para a Prática Clínica. []. , 18, 3, pp.123-130. ISSN 0872-8178.

^lpt^aA reactivação da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) é uma complicação potencialmente grave da imunossupressão, que pode ser identificada e prevenida de modo eficaz. Tem-se verificado um número crescente de casos de reactivação do VHB em doentes sob imunossupressão no contexto de doenças reumáticas, como a artrite reumatóide o u o lúpus eritematoso sistémico. As recomendações nesta área devem ser individualizadas, tendo em conta dois aspectos: os esquemas imunossupressores utilizados (alto ou baixo risco de reactivação) e as diferentes fases da infecção pelo VHB, como seja a hepatite B crónica, o portador inactivo do VHB, ou mesmo a infecção oculta (por exemplo AgHBs negativo com anti-HBc positivo). Nos doentes com doenças reumáticas que vão iniciar terapêutica imunossupressora de alto risco, propomos o rastreio universal com testes serológicos da hepatite B com o antigénio de superfície do VHB (AgHBs), anticorpo anti-HBs e anti-HBc. Os doentes com hepatite B crónica (AgHBs positivo, ADN VHB l 2000 UI/ml) devem iniciar terapêutica antivírica; os portadores inactivos do VHB (AgHBs positivo, ADN VHB < 2000 UI/ml, aminotransferases normais) expostos a terapêutica imunossupressora de alto risco devem realizar igualmente profilaxia da reactivação do VHB. A profilaxia deve ser iniciada 2 a 4 semanas antes do início da terapêutica imunossupressora e mantida pelo menos durante 6 a 12 meses após a sua suspensão. Recomenda-se a utilização do entecavir ou tenofovir como antivirícos de primeira linha. Nos portadores inactivos do VHB sob terapêutica imunossupressora de baixo risco nos doentes AgHBs negativo / anti-HBc positivo (infecção a VHB no passado ou infecção oculta), a estratégia deve ser monitorização da reactivação viral através da determinação das aminotransferases e do ADN-VHB a cada 6 meses).^len^aReactivation of infection with hepatitis B virus (HBV) is a potentially serious complication of immunosuppression, which should be identified and efficiently prevented. There have been an increasing number of cases of HBV reactivation in patients receiving immunosuppression in the context of rheumatic diseases such as rheumatoid arthritis or systemic lupus erythematosus. The recommendations in this area should be individualized taking into account two aspects: immunosuppressive regimens used (high or low risk of reactivation) and the different stages of HBV infection: chronic hepatitis B, inactive HBV carrier, occult hepatitis B infection defined by HB surface antigen (HBsAg) negative and antibody anti-HB core (anti-HBc) positive. In patients with rheumatic diseases that will start high risk immunosuppressive drugs, we propose a universal screening with serological tests for hepatitis B (HBsAg, anti-HBs and anti-HBc). Patients with chronic hepatitis B (HBsAg positive, HBV DNA l 2000 IU / ml) should initiate antiviral therapy. Inactive HBV carriers (HBsAg positive, HBV DNA < 2000 IU / ml, normal aminotransferases) exposed to high risk immunosuppressive therapy should undergo prophylaxis of HBV reactivation. Prophylaxis should be started 2 to 4 weeks before the beginning of immunosuppressive therapy and maintained for at least 6 to 12 months after its suspension. It is recommended to use entecavir or tenofovir as first line antiviral agents. In inactive HBsAg carriers under low-risk immunosuppressive therapy and patients with HBsAg negative / anti-HBc positive (HBV infection in the past or occult inspection), the strategy should be monitoring of viral reactivation with aminotransferases and HBV DNA determination in every 6 months.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )