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Jornal Português de Gastrenterologia

 ISSN 0872-8178

RODRIGUES-PINTO, Eduardo    FREITAS-SILVA, Margarida. Hepatorenal syndrome, septic shock and renal failure as mortality predictors in patients with spontaneous bacterial peritonites. []. , 19, 6, pp.278-283. ISSN 0872-8178.  https://doi.org/10.1016/j.jpg.2012.07.010.

^len^aBackground and aims: Spontaneous bacterial peritonitis (SBP) is a common complication of cirrhosis. Identification of poor prognosis predictors is essential in disease approach. Methods: Medical records from patients admitted at our institution between January 2008 and December 2010 with spontaneous bacterial peritonitis were retrospectively reviewed. Criteria assessed were age, sex, presenting symptoms, risk factors, ascitic fluid characteristics, evolution during hospitalization, prophylaxis at discharge and re-admission. Results: 42 (34 male, 8 female) patients were included in the study. Mean age was 57.46± 13.4 years. Abdominal pain was the most common presenting symptom (59.5%); 69% of patients had Child-Pugh C. 7.1% have had previous episodes of spontaneous bacterial peritonitis, but only 2.4% were on antibiotic prophylaxis. 71.4% of first paracentesis were culture-negative. In the remaining, Escherichia coli (16.7%) was the agent most frequently isolated. 32.25% patients who started treatment with Ceftriaxone, were switched to another antibiotic. Average length of hospitalization was 16.10±12 days. Mortality rate was 28.6%. Of the variables analyzed with the methodology of Cox, hepatorenal syndrome (HR = 29.92, p < 0.001) and septic shock (HR = 9.5, p = 0.001) were significantly associated with higher mortality risk, with renal failure being suggestively associated (HR = 3.25, p = 0.063). Of the 71.4% patients discharged, 46.67% were on prophylaxis with 21.42% of them being re-admitted with the same diagnosis, while 31.25% discharged without prophylaxis were re-admitted (p = 0.36). Conclusion: The mortality is elevated, with hepatorenal syndrome and septic shock being potential predictors of mortality. Ceftriaxone fails in a high percentage of SBP episodes and may not be the most appropriate first-line treatment.^lpt^aIntrodução & objetivos: A peritonite bacteriana espontanea (PBE) e uma complicação comum em doentes cirroticos. A identificação de fatores preditivos de mau prognostico e essencial na abordagem desta patologia. Métodos: Foram analisados retrospetivamente os processos clinicos dos doentes internados na nossa instituição entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009 com o diagnostico de PBE. Os criterios avaliados foram idade, sexo, sintomas de apresentação, fatores de risco, características do liquido ascitico, evolução no internamento, medicação profilatica aquando da alta e reinternamento. Resultados: Foram incluidos 42 doentes no estudo (34 do sexo masculino e 8 do sexo feminino). A idade media no internamento foi 57,46±13,4 anos. A dor abdominal foi o sintoma de apresentação mais comum (59,5%); 69% dos doentes tinham Child-Pugh C. 7,1% ja tinham tido episodios previos de peritonite bacteriana espontanea, mas apenas 2,4% fazia profilaxia antibiotica a admissao. Nao se isolou qualquer agente em 71,4% dos doentes; nos restantes, a E. coli foi o agente mais frequente (16,7%). 32,25% dos doentes que iniciaram antibioterapia empirica com ceftriaxone tiveram que alterar para outro antibiotico com maior espetro de acção. A duração media do internamento foi de 16,10±12 dias. A taxa de mortalidade foi de 28,6%. Das variaveis analisadas com a metodologia de Cox, estao significativamente associadas a risco de mortalidade mais elevado o sindrome hepatorrenal (HR = 29,92; p<0,001), o choque setico (HR = 9,5; p = 0,001) e sugestivamente a insuficiencia renal (HR = 3,25; p = 0,063). Dos 71,4% doentes que tiveram alta, 46,67% foram medicados profilaticamente, com 21,42% a serem reinternados com o mesmo diagnostico, sendo que apenas 31,25% dos doentes que tiveram alta sem profilaxia foram reinternados (p = 0,36). Conclusão: A mortalidade e elevada, sendo a presença de sindrome hepatorrenal e choque setico potenciais preditores de risco de morte. O ceftriaxone pode nao ser o antibiotico empirico de primeira linha mais adequado, tendo em conta a falencia terapeutica numa percentagem elevada de doentes.

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