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Jornal Português de Gastrenterologia

 ISSN 0872-8178

AREIA, Miguel; PEREIRA, António Dias; BANHUDO, António    COUTINHO, Graça. Non-steroidal anti-inflammatory drugs and gastroprotection gap among Family Physicians: Results from a survey. []. , 20, 6, pp.243-249. ISSN 0872-8178.  https://doi.org/10.1016/j.jpg.2012.11.004.

^len^aIntroduction: Use of non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) has increased over the last few years and identification of gastrointestinal risk factors is a key factor for prevention of its complications. Even after correct identification of those risk factors, only a small percentage of Family Physicians prescribe gastroprotection. Aims: To knowledge gastrointestinal risk factors and gastroprotection’s prescription by Family Physicians in patients receiving NSAIDs. Methods: Observational, cross-sectional, random sample study, using a survey among 300 Family Physicians, performed in 2007. Questions were asked about perceived patients rates or hypothetical scenarios and answers were valued on an intention-to-treat basis. The main outcome measure was the gastroprotection’s prescription rate among patients taking NSAIDs. Results: The perceived proportion of patients receiving NSAIDs was 38% and from these, 40% were taking gastroprotective drugs. The main identified gastrointestinal risk factors were: complicated peptic ulcer (98%), age ≥ 65 years (96%), smoking habits and alcohol consumption (96%), dyspepsia (95%), high-doses of NSAIDs (94%), corticosteroids co-administration (91%) and consumption of two or more NSAIDs (90%). Gastroprotection would be prescribed in 82% of patients with history of complicated peptic ulcer; 60% if receiving two or more or a high dose of NSAIDs; 53% if with Helicobacter pylori infection and 51% if aged ≥ 65 years. For all risk factors, gastroprotection use would be only of 47.3% (95% confidence interval: 45.6-49.0%). Conclusions: Family Physicians are aware of NSAIDs’ gastrointestinal toxicity but risk estimation seems inadequate since they will not prescribe gastrointestinal protection in more than half the cases.^lpt^aIntrodução: O uso de Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINE) tem aumentado nos últimos anos e a identificação de fatores de risco gastrointestinal é fundamental para a prevenção de suas complicações. Mesmo após a correta identificação desses fatores de risco, apenas uma pequena percentagem dos médicos de Medicina Geral e Familiar efetuam gastroproteção. Objetivos: Conhecimento dos fatores de risco gastrointestinais e prescrição de gastroproteção por médicos de Medicina Geral e Familiar em pacientes que tomam AINE. Métodos: Estudo observacional, transversal, por amostra aleatória, por meio de um inquérito a 300 médicos de Medicina Geral e Familiar, realizado em 2007. Foram efetuadas perguntas sobre as taxas de pacientes esperadas ou cenários hipotéticos e as respostas foram avaliadas com base na intenção de tratar. A principal variável de resultado foi a taxa de prescrição de gastroproteção em pacientes medicados com AINE. Resultados: A proporção de pacientes medicados com AINE foi de 38% e, destes, 40% estavam a efetuar gastroproteção. Os principais fatores de risco gastrointestinais identificados foram: úlcera péptica complicada (98%), idade ≥ 65 anos (96%), tabagismo e consumo de álcool (96%), dispepsia (95%), alta dose de AINE (94%), coadministração de corticosteroides (91%) e uso simultâneo de 2 ou mais AINE (90%). Seria prescrita gastroproteção em 82% dos pacientes com história de úlcera péptica complicada, 60% se recebessem 2 ou mais AINE ou um AINE mas em dose elevada, em 53% se houvesse infeção por Helicobacter pylori e em 51% se idade ≥ 65 anos. Para todos os fatores de risco, o uso de gastroproteção seria de apenas 47,3% (intervalo de confiança a 95%: 45,6-49,0%). Conclusões: Os médicos de Medicina Geral e Familiar estão conscientes da toxicidade gastrointestinal dos AINE, mas a sua estimativa do risco parece inadequada, uma vez que não planeiam prescrever proteção gastrointestinal em mais da metade dos casos necessários.

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