19 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

MASKENS, Maïté. The Pentecostal reworking of male identities in Brussels: producing moral masculinities. []. , 19, 2, pp.323-345. ISSN 0873-6561.

^len^aAddressing the paradoxes of gender in Pentecostal churches attended by converts of African or Latin-American origin in Brussels, it is argued that religious and migratory experiences are intimately intermingled in these spaces and that, in most cases, the geographical shift experienced by male believers has led to questions regarding their “traditional” masculinity. Their capacity to hold the role of breadwinner has often been undermined and they experience a kind of vulnerability against which religious gendered ideology often provides assurance and self-esteem by affirming men as heads of the religious space and chiefs of the household unit. Pentecostal masculinity, although adhering to a model of hegemonic patriarchal masculinity regarding the sexual division of domestic tasks, the recognition of men's formal authority, and an exclusive focus on young women as the purity “capital” of churches, also reveals significant ruptures with that model: religious discourse values domestic involvement, sensibility and gentleness, encouraged and valorised as masculine characteristics. This hybrid posture of Pentecostal masculinity appears as a contrasted gender repertoire allowing men of the church to oscillate between various identifications and social locations according to specific situations and different contexts of enunciation.^lpt^aO artigo trata os paradoxos de género nas igrejas pentecostais com fiéis africanos e latino-americanos em Bruxelas, argumentando que as experiências migratória e religiosa estão intimamente ligadas nestes espaços e que, na maioria dos casos, a mudança geográfica vivida pelos homens crentes conduziu a que questionassem a sua masculinidade “tradicional”. Estes homens veem muitas vezes ameaçada a sua capacidade para assegurar o sustento da família e experimentam por isso alguma vulnerabilidade, que a ideologia de género da sua religião contraria dando-lhes maior segurança e autoestima, ao afirmá-los como dirigentes do espaço religioso e chefes de família. Se bem que a masculinidade pentecostal adira a um modelo de masculinidade patriarcal hegemónica no que respeita à divisão sexual das tarefas domésticas, ao reconhecimento da autoridade formal dos homens e à visão das jovens mulheres como detendo a exclusividade do capital de “pureza” destas igrejas, ela revela também ruturas significativas relativamente a esse modelo: o discurso religioso valoriza o envolvimento doméstico, a sensibilidade e a brandura, encorajados como características masculinas. A masculinidade pentecostal torna-se assim um repertório de género variado, permitindo aos homens a oscilação entre várias identificações e ­posicionamentos sociais em função das situações específicas e dos diferentes contextos de ­enunciação.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License