19 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

ZHENG, Tiantian. Masculinity in crisis: effeminate men, loss of manhood, and the nation-state in postsocialist China. []. , 19, 2, pp.347-365. ISSN 0873-6561.

^len^aThe phenomenon of “fake women” sparked indignant discourses chastising it as an epitome of the loss of Chinese manhood and a threat to the nation-state. Experts, counselors, and educators called for “saving boys” through revamping the education system and underscoring gender-difference education in schools and families. Effeminate men have become a scapegoat upon which anxiety over the current social problems such as dissolved marriages is displaced. While a dissolved family is pinpointed as one of the key factors that can lead to a child's effeminacy and gender misrecognition, the media also portrays the lack of manhood not only as a public menace and a threat to the family, but also as a metaphor for passive masculinity and national crisis. Drawing on research of print and electronic media in China from 2010 to 2012, this paper enlightens the inextricably intertwined relationships between a lack of manhood and the strength of the state in the globalizing era of China. It is argued that the crisis of masculinity in effeminate men is considered a peril to the security of the nation because it reflects powerlessness, inferiority, feminized passivity, and social deterioration, reminiscent of the colonial past when China was defeated by the colonizing West and plagued by its image as the “sick man” of East Asia.^lpt^aO fenómeno das “falsas mulheres” gera discursos indignados que o condenam como epítome da perda da virilidade chinesa e uma ameaça ao Estado-nação. Especialistas, conselheiros e educadores apelam ao “salvamento dos rapazes” por meio da renovação do sistema educativo e do reforço da educação sobre as diferenças de género nas escolas e nas famílias. Os homens efeminados tornam-se bodes expiatórios para os quais é transferida a ansiedade a respeito dos problemas sociais atuais, como a dissolução de casamentos. Ao mesmo tempo que aponta a dissolução das famílias como um dos principais fatores que conduzem a que uma criança seja efeminada e não distinga os géneros, a comunicação social retrata a falta de masculinidade como uma ameaça pública e um perigo para a família, e também como metáfora para a masculinidade passiva e a crise nacional. Com base numa investigação realizada em 2010-2012 a partir da imprensa e recursos eletrónicos chineses, o artigo explora a relação inextrincável que interliga uma carência de masculinidade e a força do Estado na era da globalização da China. Argumenta-se que a crise de masculinidade dos homens efeminados é considerada uma ameaça à segurança da nação porque reflete impotência, inferioridade, passividade feminizada e deterioração social, aspetos que remetem para o passado colonial em que a China foi derrotada pelo Ocidente colonizador e assolada pela sua imagem de “doente” da Ásia oriental.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License