GRISTINA, Giorgio. From Goa to Rabin Square: notes for a research on the uses and meanings of psychedelic trance music and parties in Israel. []. , 23, 1, pp.221-239. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.6557.

^len^aPsytrance or Psychedelic trance music was born at the end of the 1980s within the “full moon parties” organised by a temporary community of international travellers who settled on the beaches of the state of Goa, in southern India. From there it spread all around the world, creating a network of thousands of people, who’ve regularly gathered in events ranging from small clandestine parties in remote locations to big international festivals. Parties are focused on music and dance, yet characterised by a sort of syncretic spirituality, a pacifistic rhetoric and an environmental attitude, and often include the use of psychoactive substances. In Israel - where this phenomenon has reached an exceptional degree of participation and diffusion - psytrance first arrived via the numerous young people who went backpacking for some months after the compulsory military service, often directed to India. Few scholars dealt with the topic so far, and most of them connected the remarkable spread of psychedelic parties with the particular condition of prolonged conflict and militarisation which characterises the growth of the majority of Israel-born youth. This article - based on a recently started research project - aims to offer an overview of the theme, intersecting the little existing literature with the empiric material collected so far, presenting some possible interpretations and addressing a series of questions to be further investigated.^lpt^aO género de música conhecido como psytrance ou psychedelic trance nasceu no fim dos anos de 1980 nas “festas de Lua cheia” organizadas por uma comunidade temporária de viajantes internacionais que se formou nas praias de Goa, na Índia meridional. A partir dali, difundiu-se pelo mundo inteiro, criando uma rede de milhares de pessoas que se encontram regularmente em eventos tão diferentes como pequenas festas clandestinas em lugares remotos ou grandes festivais internacionais. As festas são focadas na música e na dança, mas são também caraterizadas por uma retórica orientada para temáticas espirituais, pacifistas e ecologistas, e incluem com frequência o uso de substâncias psicoativas. A psytrance chegou a Israel - onde o fenómeno atingiu um grau excecional de participação e difusão - através dos numerosos jovens que viajavam durante vários meses logo após o fim do serviço militar obrigatório, muitas vezes dirigindo-se para a Índia. Poucos autores abordaram o assunto, e a maioria deles relacionaram a notável difusão das festas psicadélicas com a condição particular de conflito prolongado e militarização intensiva que caracterizam o crescimento da maioria dos jovens nascidos no Estado de Israel. Este artigo, baseado numa pesquisa começada recentemente, visa propor uma visão global do assunto, cruzando a restrita literatura existente com os dados empíricos recolhidos até agora, e apresentar algumas interpretações possíveis, assim como questões que precisam de ser ulteriormente investigadas.

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