24 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

MALLART, Fábio    CAMPELLO, Ricardo. Battlegrounds: mobilizing humanitarian discourses in São Paulo detention centers. []. , 24, 1, pp.115-132. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.8282.

^len^aThe text presented here, based on ethnographic research conducted in institutions of social control in São Paulo, such as prisons, juvenile detention units, and custodial and psychiatric treatment hospitals, is an attempt to examine, in spaces of confinement that operate as battlefields, the distinct uses that are intrinsic to the lexicon of human rights. Starting from the power struggles that play out in spaces of detention, we focus on two important vectors: (1) the activation of the discourse of human rights as a tactic of struggle, mobilized by adolescents who dispute for control over internment spaces; and (2) the continuum between the legal lexicon and forms of institutional violence, where the humanitarian discourse is intertwined with the practice of torture in São Paulo detention facilities. In this analysis, it is important to shed light on the distortions, uses and mobilizations that permeate human rights discourses, a prism that allows us to pass from law as a promise of pacification to politics as permanent war.^lpt^aO texto que ora apresentamos, tendo como base pesquisas etnográficas realizadas em instituições de controle social de São Paulo, tais como prisões, unidades de internação para adolescentes e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, consiste em uma tentativa de perscrutar, em espaços de confinamento que operam como campos de batalha, os distintos agenciamentos intrínsecos à gramática dos direitos humanos. Tomando como ponto de partida os jogos de poder travados em espaços de reclusão, importa prospectar dois vetores: (1) o acionamento da gramática dos direitos humanos como tática de luta, mobilizada por adolescentes que disputam o controle de espaços de internação, e (2) o continuum entre o léxico jurídico e as formas de violência institucional, em que o discurso humanitário se articula às práticas de tortura em unidades prisionais paulistas. No horizonte analítico, importa lançar luz sobre torções, agenciamentos e mobilizações que atravessam os discursos dos direitos humanos, prisma que possibilita a passagem do direito como promessa de pacificação à política como guerra permanente.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License