24 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

SPESNY, Sara León. O soldado “ético”?: Como a Polícia Militar do Rio de Janeiro pratica a moralidade dos direitos humanos. []. , 24, 1, pp.133-154. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.8299.

A Unidade de Polícia Pacificadora foi criada para implementar estratégias de policiamento de proximidade em algumas favelas da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi criada para reconfigurar a relação entre a Polícia Militar e os moradores desses bairros, uma relação historicamente baseada na violência e no medo. Partindo de uma etnografia de um ano de trabalho diário em uma delegacia de polícia pacificadora, argumento que essa nova perspectiva do policiamento estabeleceu os direitos humanos como um discurso que os soldados reconhecem, mas encontram maneiras ambivalentes e contraditórias de encenar como um meio de moralidade e prática policial. Por fim, a aceitação pública, e amplamente difundida no Brasil, da humanização da violência e da criminalização dos direitos acentua mais ainda as práticas violentas da polícia e o desrespeito aos direitos humanos, especificamente nas favelas. Algumas das reconfigurações de significados e práticas estão relacionadas à aplicação seletiva dos direitos humanos, dependendo de categorias sociais que não apenas definem e delimitam a cidadania, mas também a humanidade.

: direitos humanos; policiamento; Rio de Janeiro; moralidade; violência.

        ·     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License