26 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

OLIVEIRA, Everton de. Morte e vida na colônia: o problema do suicídio entre os colonos alemães do Sul do Brasil. []. , 26, 2, pp.351-369.   19--2022. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.11725.

^a

Este artigo analisa o problema do suicídio nas colônias alemãs do Sul do Brasil. Trata da relação entre a casa, enquanto um compósito moral e relacional, e o fenômeno do suicídio. Para tanto, a etnografia trata das colônias do Sul do Brasil, região de serras e encostas que há século e meio é habitada por moradores de origem alemã e que apresenta, ano após ano, um número considerado de casos de suicídio. Tratando-se de um problema que vem se tornando central na agenda das políticas de saúde em âmbito nacional e internacional, transitaremos enquadramentos discursivos distintos. Em primeiro lugar, o da casa, enquanto expressão do cotidiano de moradores, propriamente de sua vida moral. Em segundo lugar, o do discurso médico e psicossocial, que entende o suicídio como expressão por excelência de uma desorganização psicossocial. Aposta-se que, entendido em sua perspectiva relacional, o suicídio compõe a lógica da casa, especialmente relacionado a uma vida moral calcada na dor (em sua narrativa, memória partilhada e superação), ainda que seja seu limite categorial, seu esgotamento, mas não sua “desorganização”.

^lpt^a

This paper analyzes the suicide problem in German colonies of southern Brazil. It describes the relationship between the house, as a moral and relational composite, and the phenomenon of suicide. To this end, the ethnography deals with the colonies in the south of Brazil, an area of mountains and hillsides that, for a century and a half, has been inhabited by German descendants and presents, year after year, a considerable number of suicide cases. Starting from the presumption that it is also a problem that has become central in the health policies agenda we will move through different discursive frameworks. In one hand, the house framing, as an expression of the everyday life, specifically moral life. In other hand, the medical and psychosocial framing, showing suicide as an expression par excellence of a psychosocial disorganization. This work understands suicide in its relational perspective, composing the house’s logic, especially related to a moral life based on pain (in its narrative, shared memory and overcoming perspectives), even though it is its categorical limit, its exhaustion, but not its “disorganization”.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )