26 3Madres y esposas: ser mujer en la clase alta argentina 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Etnográfica

 ISSN 0873-6561

ALCANTARA, Paulo Augusto Franco de. Máquinas e maquinações: as reconfigurações do trabalho familiar no Caparaó cafeeiro, Minas Gerais (2016-2018). []. , 26, 3, pp.689-711.   30--2023. ISSN 0873-6561.  https://doi.org/10.4000/etnografica.12229.

^a

Nas duas últimas décadas, na América Latina, a noção de “agricultura familiar” expandiu-se e tornou-se referencial político e econômico no enfrentamento de problemas referentes à reprodução de pequenos campesinatos cuja produção é ancorada, muito ou exclusivamente, na mão-de-obra familiar. No Brasil, em especial, a agricultura familiar enquanto política de intervenção do Estado ganhou relevo por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), voltado a oferta de crédito subsidiado setorial, criado em 1995 e expandido a partir de 2003. Diante desse contexto, procuro compreender etnograficamente as mudanças vividas, nos planos da concepção e da gestão cotidiana do trabalho, por pequenos agricultores e agricultoras familiares, habitantes de uma comunidade cafeeira do município de Espera Feliz, com os quais vivi no curso de quase três anos de trabalho de campo. Detenho atenção especial às relações entre o aumento das lavouras individuais e a aquisição crescente de máquinas agrícolas, fatores que estariam colaborando para um processo de individualização e competição no trabalho e gerando, assim, debates e tensões em torno da própria caracterização, em contexto, da agricultura familiar nas suas relações com o mercado (capitalista).

^lpt^a

In the last two decades, “family farming” has been expanded and has become a reference for conducting social transformations related to the small peasantry in Latin America. In Brazil, as a State policy (Pronaf), especially since 2003, family farming has been politically and economically highlighted by offering subsidized microcredit to decapitalized family farmers. I address the changes experienced by small farmers in terms of their conception and day-to-day management of labor. They are inhabitants of a coffee community in the municipality of Espera Feliz. I focus the attention on the relationship between the increasing in individual crops and the growing acquisition of agricultural machinery, factors that would be contributing to a process of individualization and competition in labor domains and thus generating debates and tensions around the characterization itself, in the context, of the family farming in possible associations with the (capitalist) market. Ethnographic research was conducted among 19 family units of Caparaó mineiro coffee farmers (2015-2018).

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )