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Psicologia

 ISSN 0874-2049

THEOTONIO, Sofia Arez    VALA, Jorge. A experiência de justiça e de injustiça nas organizações: Um estudo qualitativo. []. , 13, 1-2, pp.53-73. ISSN 0874-2049.  https://doi.org/10.17575/rpsicol.v13i1/2.559.

^lpt^aCom o fim de estudar o tipo e relevância das experiências de (in)justiça nas situações de trabalho, realizou-se um estudo junto de 193 sujeitos de 18 organizações. Foi pedido aos participantes: a) que descrevessem uma situação em que se sentiram injustiçados pelo seu superior hierárquico (estímulo 1) ou na sua organização (estímulo 2); b) que referissem o que tomaria justa a situação descrita. Procedeu-se a uma categorização de episódios e a uma classificação por dimensões de (in)justiça, tendo em consideração os dois estímulos. Verificou-se uma saliência de aspectos distributivos nas situações de injustiça e de aspectos procedimentais e interaccionais nas situações de reposição da justiça. Por outro lado, a fim de estudar a organização estrutural dos episódios relatados, procedeu-se a uma análise factorial de correspondências múltiplas. Os resultados mostram que a idade e a antiguidade são as características posicionais que apresentam coeficientes de discriminação mais elevados. A estrutura factorial revela ainda que as situações de injustiça se organizam em tomo de aspectos distributivos e que às situações de injustiça se opõem formas de repor a justiça, que não são de tipo distributivo, mas, dominantemente, de tipo procedimental e interaccional. Os resultados são discutidos à luz da hipótese segundo a qual as percepções de justiça são bidimensionais e não bipolares.^len^aThis study examined the experience of justice and injustice in organizations. 193 participants from 18 organizations were asked a) to describe an episode were they had felt unjustly treated by their supervisor (stimulus 1) or to describe a personal episode of injustice in their organization (stimulus 2); b) to describe what would have made this episode a just situation (justice claim). Episodes were categorized and classified in terms of (in)justice dimensions. Results show that distributive dimensions shape injustice situations, and procedural and interactional dimensions shape justice claims. Moreover, in order to understand the structural organization of the episodes a multiple correspondence factor analysis was conducted. Results show that age and seniority are the organizational and social-demographic positions that have highest discrimination coefficients. This same analysis also showed that injustice episodes are structured around distributive dimensions. Conversely, justice claims are structured around procedural and interactional dimensions. The hypothesis that perceptions of justice are bi-dimensional rather than bipolar is discussed.

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