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Psicologia

 ISSN 0874-2049

REIS, Filipe Damas dos et al. A emoção expressa dos familiares de esquizofrénicos e as recaídas dos doentes. []. , 14, 1, pp.31-44. ISSN 0874-2049.

^lpt^aEste trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das famílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos familiares foi avaliada pela Camberwell Family Interview (CFI). Os doentes estavam em tratamento psiquiátrico ambulatório com neurolépticos. A análise de conteúdo das entrevistas revelou que 66% das famílias eram do tipo EE alta e 34% do tipo EE baixa. Os scores das escalas da CFI foram: comentários críticos 4,1 (média), a hostilidade foi expressa por 15% dos familiares e a sobre-implicação emocional por 23%. Trinta e sete familiares são do sexo masculino e 41 do sexo feminino. Os familiares do sexo feminino expressaram mais sobre-implicação emocional (37%) que os do sexo masculino (8%). Durante os 12 meses de seguimento, recaíram 57% dos doentes que viviam em famílias de EE alta e 17% dos que viviam em famílias de EE baixa. A comparação com os resultados de diferentes estudos realizados em diferentes países mostra maior semelhança entre os nossos resultados e os dos estudos espanhóis, designadamente em relação ao criticismo dos familiares que é maior nos estudos anglo-saxónicos. Apesar da dimensão cultural da EE, os resultados confirmam a constatação geral de que recaem mais os doentes que vivem em famílias de EE alta.^len^aThis is a replication study of schizophrenic relapse in a 12 months follow-up and the Expressed Emotion (EE) of patients' families. A sample of 53 chronic schizophrenics families was evaluated by Camberwell Family Interview (CFI). Patients are in psychiatric ambulatory treatment with neuroleptics. After interview analysis, 66% families had high EE and 34% low EE Scores of CFI scales are: critical comments 4,1 (mean), hostility was expressed in 15% of relatives and over-involvement in 23%. 37 patients' relatives are male and 41 female. Female relatives show more emotional over-involvement (37%) than male relatives (8%). Follow-up relapse rate is 57% for patients living in high EE families and 17% for patients living in low EE families. Comparing data of different studies, made in different countries, our study, as well as a Spanish one, has lower criticism than English studies. In spite of this EE cultural dimension results agree with the general conclusion that patients relapse rate is greater in those who live in high EE families than in low EE families.

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