16 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Psicologia

 ISSN 0874-2049

FRANCA, Dalila Xavier de    MONTEIRO, Maria Benedicta. Identidade racial e preferência em crianças brasileiras de cinco a dez anos. []. , 16, 2, pp.293-323. ISSN 0874-2049.  https://doi.org/10.17575/rpsicol.v16i2.482.

^lpt^aNeste artigo analisam-se o efeito da cor da pele e da idade sobre a identidade e a preferência raciais de 238 crianças brasileiras brancas, negras e mulatas de cinco a dez anos. As variáveis dependentes foram a categorização racial, a auto-identificação racial, a avaliação emocional da pertença e a preferência. Os resultados indicam que a maior parte das crianças categoriza os seus pares de acordo com a raça. Em relação à auto-identificação racial, as crianças negras e mulatas são as que menos se auto-identificam correctamente. Relativamente à avaliação emocional da pertença, verificamos que as crianças negras de cinco a seis anos são as que menos gostam de ser como são e que mais gostariam de ser diferentes. Outras análises (ACM) mostraram que as crianças negras de cinco a oito anos são as que mais se percebem como negras, e que as crianças negras de nove e dez anos são as que mais se percebem como mulatas e gostam de ser o que acham que são. Em relação à preferência, verifica-se que a criança branca é a preferida, seguida da mulata, enquanto a negra é preterida. Os resultados são interpretados e discutidos à luz da teoria da identidade social e do racismo na infância.^len^aThis paper analyses the effects of skin colour and age on social identity and racial preference among 238 white, mulatto and black brazilian children aged from 5 to 10 years old. Racial categorisation, racial self-identification, emotional evaluation of racial belonging and peer-preference were used as dependent measures. Results showed that the majority of children categorise their peers correctly, according to their race. Racial self-categorisation was mostly biased in black and mulatto children. Other analyses showed that black children, aged from 5 to 8, perceived themselves mostly as Blacks, while older black children perceived themselves as mulatto and liked to be what they thought they were. Concerning emotional evaluation, black children, aged 5 to 6, identified less with their ingroup than older ones. Concerning social preference, the white target was the most preferred, followed by the mulatto one, while the black target was the less preferred. These results are discussed within the social identity theory framework and racism in childhood.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License