38 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Ex aequo

 ISSN 0874-5560

LEITE, André Filipe dos Santos    SANTOS, Claudiene. Tecnologias de gênero e magia: hormonioterapia e as experiências de vida de mulheres trans*. []. , 38, pp.83-94. ISSN 0874-5560.  https://doi.org/10.22355/exaequo.2018.38.06.

^lpt^aAnalisamos a relação entre os hormônios e as experiências de vida de mulheres trans* como um aspecto simbólico do caráter místico que o aparato da saúde pode assumir, especialmente quando suas projeções políticas apontam para uma perspectiva despatologizante dessas experiências. Por meio de uma perspectiva metodológica queer alinhada a elementos da analítica do discurso foucaultiana, argumentamos, a partir de entrevistas e observação de cinco mulheres trans*, que o hormônio, através de uma narrativa mitológica, torna-se um agente social e político que, mesmo inumano, inventa possibilidades de humanidade ao instaurar tecnologias de gênero particulares no processo de cuidado em saúde das mulheres trans*. Observamos, deste modo, como as mulheres trans* se inventam nessa relação com os hormônios e como os processos de subjetivação ocorrem.^len^aWe analyzed the relation between the hormones and the life experiences of trans* women as a symbolic aspect of the mystique character that the health system can assume, specially when its political projections signal a possible depathologization of life experiences. Through a queer methodological perspective, aligned with elements from the Foucauldian discourse analysis, we suggest, based on the interviews and the observation of five trans* women, that the hormone, with its mythic surrounding narrative, becomes a social and political agent that, notwithstanding being nonhuman, creates possibilities of humanity by instituting unusual gender technologies while providing health care services to trans* women. In this way, in this relation with the hormones, we observe how trans* women recreate themselves and how the subjectivation processes happen.^les^aAnalizamos la relación entre las hormonas y las experiencias de vida de mujeres trans* como un aspecto simbólico del carácter místico que el aparato de la salud puede asumir, especialmente cuando sus proyecciones políticas apuntan hacia una perspectiva de despatologización de esas experiencias. Por medio de una perspectiva metodológica que se alinea a elementos de la analítica del discurso foucaultiana, argumentamos, a partir de entrevistas y observación de cinco mujeres trans*, que la hormona, a través de toda una narrativa mitológica a su alrededor, se convierte en un agente social y político que, a pesar de inhumano, inventa posibilidades de humanidad al instaurar tecnologías de género particulares en el proceso de cuidado en salud de las mujeres trans*. En este sentido, observamos como las mujeres trans* se inventan en esa relación con las hormonas y como los procesos de subjetivación ocurren.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License