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Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

PONTE, Ana Carolina Silva L. C.    PAIS-RIBEIRO, José Luís. O bem-estar em cuidados paliativos: perspetiva do doente versus profissionais de saúde. []. , 15, 1, pp.137-153. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/14psd150112.

^lpt^aOs CP são cuidados globais, ativos, rigorosos e especializados destinados aos doentes que padecem de uma doença grave e/ou incurável, avançada e progressiva. São prestados por uma equipa interdisciplinar que atua no controlo de sintomas e responde às suas múltiplas necessidades, pretendendo auxiliar o doente a viver bem até ao final dos seus dias. O presente estudo teve como objetivo comparar a perspetiva do doente e dos profissionais de saúde acerca do bem-estar do doente paliativo. Participaram 74 doentes e 78 profissionais de saúde recrutados em quatro unidades/serviços de cuidados paliativos de diferentes regiões do país. Tratou-se de um estudo transversal, exploratório, de comparação entre grupos. Foram utilizados um item de avaliação global do bem-estar e uma questão referente ao grau de importância de nove fatores importantes ao fim de vida. Recorreu-se ao teste t de Student para comparar o nível de bem-estar e os fatores preponderantes para o maximizar. A análise de dados revelou, com exceção da importância da ausência de dor, a existência de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em todas as dimensões avaliadas. O bem-estar do doente paliativo é apontado como razoável pelos próprios doentes e elevado pelos profissionais de saúde. O distanciamento de opiniões também se verifica ao nível da importância de diferentes fatores para o bem-estar, pela menor importância atribuída pelos profissionais de saúde a aspetos considerados prioritários pelos doentes. Concluiu-se que os profissionais de saúde são incapazes de substituir adequadamente o ponto de vista do doente caso este não se possa expressar.^len^aPalliative care are global, active, rigorous and specialized care aimed at patients who suffer from an advanced, progressive, serious and/or incurable illness. Are provided by an interdisciplinary team that manages their symptoms and answers their multiple needs, intending to assist the patient to live well until the end of his days. This study aimed to compare the patient´s and health care practitioner´s perspectives regarding the palliative patient´s well-being. The participants were 74 patients and 78 health care practitioner´s recruited in four palliative care units/services from different regions of the country. It was a cross-sectional, exploratory, and between groups comparison study. A single item of global well-being and a question concerning the degree of importance of nine relevant factors to the end of life were used. Student´s t-test was utilized to compare the level of well-being and the relevant factors for its enhancement. Data analysis showed, apart from the importance of freedom from pain, the existence of statistically significant differences between groups in all dimensions evaluated. The palliative patient´s well-being is pointed by the patients themselves as reasonable and high by the health care practitioners. The distancing of opinions is also observed at the level of importance of different factors for the well-being, given the less importance attributed by health care practitioners to aspects prioritized by the patients. It is concluded that if the patient is incapable to express himself, health care practitioners are unable to adequately replace the patient's point of view.

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