15 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

VALENTIM, Olga; SANTOS, Célia    RIBEIRO, José Pais. Qualidade de vida e perceção da doença em pessoas dependentes do álcool. []. , 15, 1, pp.261-276. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/14psd150121.

^lpt^aO alcoolismo é uma doença crónica, como tal, as condições clínicas têm efeitos previsíveis de degradação do bem-estar e da qualidade de vida. O modo como cada pessoa, em particular, perceciona cognitivamente a sua doença, influencia, entre outros aspetos, a procura de ajuda e a sua qualidade de vida. Neste estudo descritivo e correlacional, participaram 444 pessoas com o diagnóstico de Síndrome de Dependência do Alcoólica (SDA) há pelo menos um ano, com uma média de idades de 45 anos, maioritariamente do sexo masculino, casadas e desempregadas. Os instrumentos utilizados foram, o questionário de caracterização sociodemográfica, de informação clínica, o Questionário de Estado de Saúde (SF-36v2) e o Illness Perception Questionnaire-Revised-versão portuguesa (IPQ-R). Este estudo teve como objetivo contribuir para a compreensão da qualidade de vida e perceção da doença entre pessoas com SDA. Os resultados sugerem que nos diferentes domínios da escala de qualidade de vida, o maior comprometimento ocorreu na saúde mental (M=50,45; DP=23,40) e na vitalidade (M=50,06; DP=22,53). Os participantes com uma identidade moderada da doença mostraram consequências muito negativas para a sua qualidade de vida. Também os que conhecem e compreendem melhor a sintomatologia da doença (identidade), que a compreendem melhor e que têm uma representação emocional mais negativa, apresentaram uma perceção pior da sua qualidade de vida. Verifica-se que em média, as pessoas que frequentam grupos de autoajuda, registam valores mais elevados de qualidade de vida e têm uma representação emocional menos negativa, considerando a doença mais crónica e acreditando mais no seu controlo pessoal.^len^aAlcoholism is a chronic disease. As such, the clinical conditions have predictable effects of degradation of well-being and quality of life. The way that each person cognitively perceives their disease in particular influences their search for help and their quality of life. This descriptive and correlational study was performed the participation of 444 people who have been diagnosed with Alcohol Dependence Syndrome (ADS) for at least one year, with an average age of 45, mostly male, married and unemployed. The instruments used were the questionnaire of socio-demographic characterization, clinical information, the Health Status Questionnaire (SF-36v2) and the Illness Perception Questionnaire-Revised-Portuguese version (IPQ-R). This study aimed to contribute to the understanding of quality of life and the perception of illness among people with SDA, associating these variables. The results suggest that, in the different areas of the quality of life scale, the greater involvement occurred in mental health (M= 50.45; SD= 23.40) and in vitality (M= 50.06; SD= 22.53). Participants with moderate identity of the disease showed very negative consequences for their quality of life. Those who better know and understand the symptoms of the disease (identity), who understand it better and have a more negative emotional representation and a worse perception of their quality of life. We see that, on average, people who attend self-help groups record higher values of quality of life and have a less negative emotional representation, consider the disease to be more of a chronic nature, and believe more in their personal control.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )