16 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

ANTUNES, José António Pereira de Jesus. Crise económica, saúde e doença. []. , 16, 2, pp.267-277. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/15psd160211.

^lpt^aAs crises económicas produzem impactos na saúde das populações. Os fatores de risco para a saúde aumentam enquanto os fatores protetores diminuem. Os efeitos manifestam-se em diferentes fases ao longo do tempo e podem ser prevenidos e mitigados. No sentido de estudar os efeitos negatives das crises económicas na saúde das populações e as formas de os prevenir procurámos na MEDLINE e em outros sites de Medicina baseada na evidência artigos publicados entre Janeiro de 2000 e Junho de 2013 usando os termos Mesh: Crise económica, Crise financeira, Saúde e Saúde Mental. A produção científica publicada mostra os efeitos das crises económicas na saúde. A mortalidade infantil e a mortalidade relacionada com homicídios e suicídios aumentam enquanto a mortalidade por acidentes rodoviários diminui. O aumento do desemprego está associado a um aumento das taxas de suicídio. Os grupos mais vulneráveis são particularmente afetados em épocas de crise económica. Os efeitos das crises económicas podem ser mitigados. Investimentos em políticas activas de emprego diminuem o impacto da recessão na saúde mental das populações amortecendo as suas consequências negativas e diminuindo o suicídio. Sistemas de proteção social fortes tornam as sociedades mais aptas a resistir às adversidades. Programas de apoio às famílias de baixos rendimentos, a instituições capazes de criar e promover redes sociais, medidas para combater o sobre-endividamento, diminuir a acessibilidade ao álcool e centros de saúde mental de proximidade podem fazer a diferença. Os efeitos adversos das crises económicas nas populações são previsíveis e podem ser mitigados com medidas apropriadas.^len^aEconomic crises produce impacts on the health of the populations. Health risk factors increase while protection decreases. The effects manifest themselves differently in time but can be prevented or mitigated. To understand the negative effects of economic downturns on population health and ways to prevent them we search in MEDLINE, and other sites of evidence-based medicine, articles published from January 2000 until June 2013, using the MeSH terms: Economic crisis, Financial crisis, Health, Mental Health. The scientific production in recent years has shown the effects of economic crises on health. Infant mortality, mortality related to homicides and suicides increases whereas mortality from road accidents decreases. The rise in unemployment is associated with higher suicide rates. The most vulnerable groups are particularly affected. The effects of economic crises can be mitigated. Investment in active labor market policies reduces the impact of the recession on the population's mental health and decreases suicide rates. Strong social protection systems make societies more able to face adversity. Support programs for low-income families, institutions that create social networks, measures to combat over-indebtedness, decreased accessibility to alcohol and the proximity of mental health services to the people can make a difference. The adverse effects of economic crises on populations are predictable and can be mitigated with appropriate measures.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License