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Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

ANTUNES, José. Estresse e doença: o que diz a evidência?. []. , 20, 3, pp.590-603. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/19psd200304.

^lpt^aO estresse ativa um conjunto de respostas que envolvem múltiplos sistemas fisiológicos do organismo. O sistema nervoso, endócrino e imunitário reagem em interdependência influenciando-se mutuamente na resposta ao estresse. Um melhor conhecimento destas interações, que fazem a unidade psicossomática do ser humano, pode ajudar na compreensão dos doentes e das doenças. Décadas de investigação têm associado o estresse crónico a um vasto leque de doenças físicas e mentais. As situações de vida estressantes são atualmente reconhecidas como responsáveis pelo agravamento de muitas doenças. Fez-se uma pesquisa na literatura biomédica, dos trabalhos publicados nos últimos dez anos sobre o assunto, no sentido de dar conta dos avanços que têm sido alcançados na compreensão destes fenómenos. Os resultados apontam para o papel central da inflamação na resposta ao estresse crónico. A variabilidade das respostas ao estresse crónico aconselha uma individualização dos planos terapêuticos que tenha em linha de conta as especificidades de cada doente. As intervenções que reduzem o estresse mostraram ter um impacto positivo não apenas na adaptação psicológica dos doentes mas também nos seus indicadores biológicos, na evolução e no prognóstico da doença.^len^aStress activates a set of responses that involve multiple physiological systems of the organism. The nervous, endocrine and immune systems react in interdependence by mutually influencing the response to stress. A better understanding of these interactions that make the psychosomatic unity of the human being can, help in the understanding of patients and diseases. Decades of research have associated chronic stress with a wide range of physical and mental illnesses. Stressful life situations are currently recognized as responsible for the worsening of many diseases. This paper consists in a review of biomedical literature on the subject published in the last ten years, to highlight the advances in the understanding of these phenomena. The results point to the central role of inflammation in the response to chronic stress. The variability of the responses to chronic stress recommends the individualization of the therapeutic plans designed to accommodate the specificities of each patient. Stress-reducing interventions revealed a positive impact not only on patients' psychological adaptation but also on their biological indicators, disease progression and prognosis.

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