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Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

AREIA, Neide et al. Prevalência e preditores de morbilidade psicológica nos familiares de doentes oncológicos terminais. []. , 21, 1, pp.169-175. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/20psd210125.

^lpt^aA fase terminal da doença oncológica constitui um dos desafios mais complexos que um sistema familiar pode vir a enfrentar. Porém, os estudos sobre os impactos do cancro terminal na família são, ainda, escassos. Posto isto, o presente estudo tem como objetivo determinar a prevalência e preditores do distress mórbido, depressão, ansiedade, somatização e luto antecipatório complicado nos familiares de doentes oncológicos terminais. Método: Cento e doze familiares de doentes com cancro terminal responderam a um protocolo de investigação constituído por uma medida da morbilidade psicológica, luto antecipatório, necessidades familiares e funcionamento familiar. A prevalência da morbilidade psicológica foi determinada através de estatísticas descritivas e de frequência. Os preditores dessa morbilidade foram determinados através de modelos de equação estruturais. Resultados: Os familiares reportaram prevalências elevadas de morbilidade psicológica (66,1% para distress mórbido, 68,8% para depressão, 72,3% para ansiedade, 50,9% para somatização e 25,9% para luto antecipatório complicado). Verificou-se que, de entre outros fatores, a insatisfação com a prestação de cuidados e o funcionamento familiar constituem preditores fundamentais para o desenvolvimento de morbilidade psicológica. Discussão/Conclusão: Os resultados deste estudo apontam para uma prevalência preocupante de morbilidade psicológica nos familiares de doentes com cancro terminal. Demonstra-se, assim, a importância de implementar uma abordagem de cuidados centrada na família - particularmente em contextos de fim de vida -, com o objetivo de reduzir o risco de desenvolvimento de respostas desajustadas prée pós-morte do doente.^len^aThe terminal phase of cancer is one of the most complex challenges that a family system may face. However, research about the impact of terminal cancer on family is still scarce. Therefore, the present study aims to determine the prevalence and predictors of morbid distress, depression, anxiety, somatization and complicated anticipatory grief on family members of terminally ill cancer patients. Methods: One hundred and twelve family members of terminally ill cancer patients completed a survey that regarded measures of psychological morbidity, anticipatory grief, family needs and family functioning. The prevalence of psychological morbidity was determined by descriptive and frequency statistics. Predictors of psychological morbidity were determined through structural equation modelling. Results: Family members reported high levels of psychological morbidity (66.1% for morbid distress, 68.8% for depression, 72.3% for anxiety, 50.9% for somatization and 25.9% for complicated anticipatory grief). Among other factors, the dissatisfaction with healthcare and the family functioning seem to be important predictors of the development of psychological morbidity. Discussion/Conclusion: The results of this study show a preoccupying prevalence of psychological morbidity in family members of terminally ill cancer patients. For such, it is demonstrated the importance of implementing a family-centred care approach - particularly in end-of-life contexts - with the aim of decreasing the risk of development of family members’ maladjusted responses, both before and after the patient’s death.

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