23 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

FERREIRA, Maria; RODRIGUES, Joana; PIMENTA, Filipa    PATRAO, Ivone. Validação da escala de fadiga pandémica e preditores relacionados com a COVID-19. []. , 23, 1, pp.1-13.   30--2022. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/22psd230101.

^a

A fadiga pandémica representa uma ameaça tanto para o controlo da propagação da COVID-19 como para a saúde mental. A investigação sobre este fenómeno revela-se escassa e a maioria dos estudos tem utilizado escalas que não foram desenvolvidas para avaliar a fadiga pandémica. Este estudo visa adaptar e validar a Escala de Fadiga Pandémica (EFP), bem como descrever os níveis de fadiga pandémica dos participantes e explorar determinantes relacionados com o contexto pandémico. Uma amostra não-probabilística de 1854 adultos portugueses (M idade = 37,73; DP idade = 10,86), na sua maioria mulheres (92,9%), foi recrutada online através das redes sociais. Os participantes completaram a EFP juntamente com questões sociodemográficas e relacionadas com a pandemia. Estimou-se a sensibilidade, validade de construto e fiabilidade, e utilizou-se um modelo de equações estruturais para explorar os preditores de fadiga pandémica. A escala apresentou um bom ajustamento, boa validade convergente e elevada consistência interna. Estar em trabalho presencial, em isolamento, ter amigos/familiares que testaram positivo para a COVID-19 e a perceção de impacto negativo das notícias relacionadas com a COVID-19 foram preditores significativos de níveis mais elevados de fadiga pandémica, especialmente nas mulheres, nos jovens e naqueles que responderam durante o confinamento total. A EFP assume-se como um instrumento válido e fiável para avaliar os níveis de fadiga pandémica. Os fatores relacionados com o contexto pandémico atual devem ser incluídos nesta avaliação, e as intervenções devem ser adaptadas de acordo com as características dos indivíduos.

^lpt^a

Pandemic fatigue poses a threat to both the control of the COVID-19 spread and mental health. Research on this phenomenon is scarce and most studies have used scales that were not developed to assess pandemic fatigue. This study aims to adapt and validate a Pandemic Fatigue Scale (PFS), as well as describe participants’ pandemic fatigue levels and explore determinants related to the pandemic context. A non-probabilistic sample of 1,854 Portuguese adults (M age = 37.73; SD age = 10.86), mostly women (92.9%), was recruited online through social networks. Participants completed the PFS along with sociodemographic and pandemic-related questions. Sensitivity, construct validity and reliability were estimated, and structural equation modelling was used to explore pandemic fatigue predictors. The scale presented a good fit, good convergent validity, and high internal consistency. Face-to-face work, isolation, significant others’ positive test result and the negative impact of COVID-19-related news predicted higher levels of pandemic fatigue, especially in women, younger people and those who participated during full confinement. The PFS is a valid and reliable instrument to assess pandemic fatigue levels. Factors related to the current pandemic context must be included in this assessment, and interventions should be tailored according to individuals’ characteristics.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )