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Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

GARBELINI, Adriana; SANTOS, Patricia; COBO, Viviane    SCORSOLINI-COMIN, Fabio. Associações entre funcionamento familiar, sobrecarga e saúde mental em cuidadores. []. , 23, 1, pp.319-330.   30--2022. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/22psd230130.

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O objetivo deste estudo foi verificar as associações entre as medidas de funcionamento familiar, sobrecarga percebida, qualidade de vida, ansiedade e depressão do familiar cuidador. Para tanto foi desenhado um estudo transversal, correlacional, realizado com 101 familiares cuidadores. Foram utilizados o Questionário de informações sociodemográficas e familiares, escala ZBI, WHOQOL-breve, inventários BAI e BDI-II e escala FACES IV, sendo empregada estatística descritiva, testes de correlação e de comparação entre grupos. A média de idade dos cuidadores foi de 49,7 anos (±12,5 anos), a maioria mulheres (88%), em que 76,3% apresentaram sobrecarga, 49,5% apresentaram sintomas de ansiedade, 45,5% sintomas de depressão e 23,8% avaliaram suas famílias como disfuncionais. As famílias funcionais tiveram resultados superiores quanto à coesão, flexibilidade, comunicação e satisfação familiares e em qualidade de vida. Cuidadores com sobrecarga tiveram resultados superiores na subescala caótica (flexibilidade excessiva) e em ansiedade e depressão. Conforme aumenta a sobrecarga aumenta a chance de pertencer a uma família disfuncional, diminui a flexibilidade e a comunicação familiares. Concluiu-se que a flexibilidade e a comunicação mostraram associações significativas com sobrecarga, o que reforça a hipótese de que a família possa mediar, em alguma medida, a percepção de sobrecarga e os efeitos desta sobre a saúde mental e qualidade de vida do cuidador.

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The aim of this study is to verify associations between measures of family functioning, perceived overload, quality of life, anxiety and depression of the family caregiver. For that it was designed to cross-sectional, correlational study with 101 family caregivers. The sociodemographic and family information questionnaire, ZBI scale, WHOQOL-brief, BAI and BDI-II inventories and FACES IV scale were used, using descriptive statistics, correlation tests and comparison between groups. As a result was mean age of caregivers was 49.7 years (± 12.5 years); the majority of women (88%), 76.3% had an overload, 49.5% had anxiety symptoms, 45.5% had symptoms of depression, and 23.8% had evaluated their families as dysfunctional. Functional families had superior results regarding family cohesion, flexibility, communication and satisfaction, and quality of life. Caregivers with overloads had superior results on the chaotic subscale (excessive flexibility) and on anxiety and depression. As the overload increases, the chance of belonging to a dysfunctional family increases, decreases family flexibility and communication. It was concluded that flexibility and communication showed significant associations with overload, which reinforces the hypothesis that the family can, to some extent, mediate the perception of overload and its effects on the mental health and quality of life of the caregiver.

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