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Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

FERRACIOLI, Natália    SANTOS, Manoel Antônio dos. Manejo online do comportamento suicida na ótica de psicólogas(os) brasileiras(os): primeiras ponderações. []. , 23, 2, pp.566-573.   30--2022. ISSN 1645-0086.  https://doi.org/10.15309/22psd230228.

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As repercussões psicossociais da pandemia de COVID-19 podem elevar a vulnerabilidade dos indivíduos ao comportamento suicida, gerando novas demandas para psicoterapeutas, que tiveram que se adaptar à modalidade online. O atendimento remoto a pessoas e grupos em situação de urgência/emergência era considerado inadequado, mas com a pandemia esta restrição foi provisoriamente suspensa. Delineamos um estudo qualitativo, exploratório, com base no referencial da Teoria Fundamentada nos Dados, com objetivo de compreender as perceções de psicólogas(os) sobre o atendimento online a pacientes com comportamento suicida durante a pandemia. Participaram da amostragem inicial 10 psicólogas(os), foram realizadas entrevistas em profundidade, cujos dados foram analisados para direcionamento da amostragem teórica. Organizamos três categorias: (1) Vivenciando a pandemia e suas repercussões na vida pessoal: os participantes relataram suas experiências pessoais, para além da questão profissional; (2) Adaptando-se ao atendimento online: abordaram as mudanças, dificuldades e benefícios percebidos com a transição do modelo de cuidado; (3) Manejando o comportamento suicida de forma remota: foram consideradas especificidades e desafios da demanda e estratégias para conduzir o processo à distância. Vislumbramos que a intervenção online se descortina como possibilidade viável no manejo do comportamento suicida, especialmente em contextos de difícil acesso a serviços de saúde mental, mas não substitui a presencialidade em determinadas situações de risco.

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Psychosocial repercussions of the COVID-19 pandemic may elevate individuals’ vulnerability to suicidal behavior, creating new demands for psychotherapists, who have had to adapt to the online modality. Remote care for individuals and groups in urgency/emergency situations was considered inappropriate, but due to the pandemic this restriction was temporarily suspended. We designed a qualitative, exploratory study, based on Grounded Theory, with the objective of understanding the psychologists' perceptions about online care to patients with suicidal behavior during the pandemic. The initial sampling included 10 psychologists, in-depth interviews were conducted, and data were analyzed to guide the theoretical sampling. We organized three categories: (1) Experiencing the pandemic and its repercussions on personal life: the participants reported their personal experiences, beyond the professional perspective; (2) Adapting to online care: changes, difficulties and benefits perceived with the transition of the care model were addressed; (3) Managing suicidal behavior remotely: specificities and challenges of the demand and strategies to conduct the process remotely were considered. Online intervention may be a viable possibility in the management of suicidal behavior, especially in contexts of difficult access to mental health services, but it does not replace face-to-face care in certain situations of risk.

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