62 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Relações Internacionais (R:I)

 ISSN 1645-9199

CARVALHAIS, Isabel Estrada. Nacionalismo: back to basics. []. , 62, pp.09-24. ISSN 1645-9199.  https://doi.org/10.23906/ri2019.62a02.

^lpt^aNum tempo em que se busca a compreensão das razões sociológicas, históricas, políticas, entre outras, que possam explicar a emergência de novas formas de nacionalismo, parece-nos oportuno fazer uma reflexão, ainda que necessariamente breve e incompleta, em torno do conceito de nacionalismo. Assim, este artigo propõe revisitar alguns autores que têm ajudado a construir a leitura académica sobre o fenómeno do nacionalismo. Parece-nos útil esta invocação, na medida em que com frequência se fala de novas formas sem que simultaneamente fique claro qual o fenómeno relativamente ao qual aquelas serão efetivamente «novas». Revisitamos as teses modernistas e primordialistas, naqueles que são os seus contornos essenciais, para concluir que ambos os conjuntos apresentam debilidades no modo como interpretam o nacionalismo, colocando-o ora excessivamente na posição de artefacto ideológico do Estado moderno, ora na posição de resposta natural do indivíduo no processo de construção e reconhecimento da sua identidade coletiva. Todavia, é nas teses primordialistas que radica o maior desafio, pois a sua naturalização do nacionalismo resulta numa legitimação deste por via de uma suposta inevitabilidade biológica.^len^aAt a time when we seek to understand the reasons, whether sociological, historical, political or others, that may explain the emergence of new forms of nationalism, it seems opportune to reflect, albeit necessarily brief and incomplete, on the concept of nationalism. This article proposes to revisit some authors who have helped to build the academic reading on the phenomenon of nationalism. This invocation seems useful, as talking about new forms of nationalism is not necessarily followed by a clear idea of what phenomenon they are actually ‘new' to. We revisit the modernist and primordialist theses, in what are their essential contours, to conclude that both sets have weaknesses in the way they interpret nationalism, sometimes placing it excessively in the position of ideological artifact of the modern state, sometimes in the position of a natural response of individuals in the process of construction and recognition of their collective identity. However, it is in the primordialist theses that the greatest challenge lies, since the naturalization of nationalism they imply results in its legitimation by means of a supposed biological inevitability.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License